Vik Muniz

Vik Muniz
   

Vicente José de Oliveira Muniz nasceu em São Paulo – Brasil, no dia 20 de dezembro de 1961.

Formou-se em Publicidade na Fundação Armando Álvares Penteado – FAAP, em São Paulo. Em 1983, mudou-se para Nova York.

Usa técnicas diversas e emprega nas obras, com frequência, materiais inusitados como açúcar, chocolate líquido, doce de leite, catchup, gel para cabelo, lixo e poeira.

Em 1988, realiza a série de desenhos “The Best of Life”, na qual reproduz, de memória, uma parte das famosas fotografias veiculadas pela revista americana” Life”.

Convidado a expor os desenhos, o artista fotografa-os e dá às fotografias um tratamento de impressão em periódico, simulando um caráter de realidade às imagens originárias de sua memória.

Com essa operação inaugura sua abordagem das questões envolvidas na circulação e retenção de imagens.

Nas séries seguintes, que recebem, em geral, o nome do material utilizado: Imagens de Arame, Imagens de Terra, Imagens de Chocolate, Crianças de Açúcar, passa a empregar os elementos para recriar figuras referentes tanto ao universo da história da arte como do cotidiano.

Seu processo de trabalho consiste em compor as imagens com os materiais, normalmente instáveis e perecíveis, sobre uma superfície e fotografá-las. Nessas séries, as fotografias, em edições limitadas, são o produto final do trabalho.

Em 2000, publica o livro “Clayton Days”, com uma série de fotografias realizadas quando era artista-residente no Frick Art & Historical Center, em Pittsburgh, Estados Unidos.

Capta as imagens da vida em Clayton – uma residência do século XIX que pertenceu ao industrial e colecionador de arte Henry Clay Frick – por um ponto de vista rebaixado.

Dessa forma, o lugar parece ter sido percebido pelo olhar sensível de uma criança. O artista revela ainda o fascínio pelas muitas fotos da família na residência, preservada como museu. A série resulta em imagens intrigantes, que formam uma narrativa de cunho ficcional, não-linear.

Na série Retratos de Revistas, em 2003, expõe retratos de conhecidas personalidades brasileiras, como o jogador Pelé e o presidente Luis Inácio Lula da Silva mas, também de um anônimo vendedor de flores.

O artista realiza uma complexa operação de decomposição e recomposição da imagem fotográfica. Os retratos são obtidos pela reunião de pequenos fragmentos de páginas de periódicos que, sobrepostos em um trabalho preciso, fazem surgir os rostos dos personagens retratados.

Em 2005, Vik lançou um livro denominado “Reflex – A Vik Muniz Primer”, contendo uma coleção de fotos de seus trabalhos já expostos.

Uma de suas exposições mais comentadas foi denominada “Vik Muniz:Reflex”, realizada no University of South Florida Contemporary Art Museum, também exposta no Seattle Art Museum Contemporary e no Art Museum em Nova York.

Em 2010, foi produzido um documentário intitulado “Lixo Extraordinário” sobre o trabalho de Vik Muniz, com catadores de lixo de Duque de Caxias, cidade localizada na área metropolitana do Rio de Janeiro. A filmagem recebeu um prêmio no festival de Berlim na categoria Anistia Internacional e no Festival de Sundance.

O filme enfoca a interação do artista com as fontes de seu trabalho, os coletores do lixão, os quais lhe cederam o material utilizado na composição de suas imagens. Em troca, Vik empregou dez catadores para organizar as efígies por ele elaboradas.

Geralmente o artista se inspira em clássicos da pintura, como Leonardo da Vinci, Claude Monet, Albert Dürer, Gerhard Richter, Andy Warhol, entre outros; de suas obras ele realiza reinterpretações extremamente originais. O fruto desse trabalho surpreende o público e a crítica especializada.

Vik preenche igualmente seu tempo com pesquisas e trabalhos midiáticos a serviço do laboratório do MIT, Instituto de Tecnologia de Massachusetts.

Em seu currículo constam exposições na Flórida, Montreal, Nova Iorque, México, Canadá, Austrália, e no Rio de Janeiro.

Depois de um artigo favorável a Vik, publicado em revista especializada, museus famosos, como o Guggenheim e o Metropolitan Museum of Art, começaram a reivindicar a presença de sua obra em seus recintos.

As fotografias de Vik fazem parte de acervos particulares e também de museus de Londres, Los Angeles, São Paulo e Minas Gerais.

O objetivo maior de Vik Muniz é alcançar também o público que não costuma ir a galerias de arte, mas que também fica fascinado com sua obra. Esse é o maior reconhecimento profissional que o artista poderia desejar; ele fica extasiado ao ver seu trabalho admirado por aqueles que se encontram à margem do convívio social.

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