Exposição Ex Africa

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Exposição Ex Africa
   

Pela primeira vez um grande e essencial panorama da arte contemporânea do continente e da identidade da África moderna. Com uma diversidade de encontros culturais e interações, por processos de intercâmbio e aculturações, através da recente produção de 18 artistas, vindos de 8 países africanos.

A eles se juntam também dois artistas afro-brasileiros, Arjan Martins e Dalton Paula.

Ecos da História, Corpos e Retratos, Explosões Musicais e Dramas Urbanos são os quatro eixos da mostra Ex Africa.

Ao todo, 80 obras poderão ser apreciadas gratuitamente pelo público, incluindo pinturas, fotografias, esculturas, performances e vídeos.

O destaque da exposição fica por conta de uma instalação gigante assinada pelo ganês Ibrahim Mahama, de 30 anos.

Com curadoria do alemão Alfons Hug, a exposição apresenta nuances da identidade da África moderna. “Assim como em toda parte, o continente africano encontra-se em permanente processo de renovação criativa e intenso intercâmbio artístico. Em Ex Africa isso fica muito claro. Portanto, quem for conferir a exposição esperando ver trabalhos cheios de referências étnicas, com o estigma do artesanato de aeroporto, com certeza, vai se surpreender”, afirma Hug.

Os critérios de seleção para as obras foram sua qualidade e relevância artística. São todos criadores jovens, entre 30 e 45 anos, cuja produção está totalmente relacionada ao que se faz hoje em qualquer centro artístico mundial.

Mostras recentes, como a Documenta de Kassel e a Bienal de Veneza do ano passado, tiveram uma forte presença de nomes da África, e todas as obras foram selecionadas por seu vigor, sem nenhuma concessão política.

É um movimento forte em todo mundo, na última década.

Curador da Bienal de São Paulo em 2002 e 2004 e do pavilhão latino-americano da Bienal de Veneza em 2011, 2013 e 2015, Hug pesquisa e a arte do continente africano há mais de 30 anos.

Ainda que alguns elementos sejam comuns a obras de artistas de diferentes países, o curador acha impossível que qualquer recorte dê conta de tamanha diversidade.

É um território com 30 milhões de quilômetros quadrados, com 54 quatro países e mais de 2 mil idiomas, é difícil abarcar essa riqueza cultural.

Obviamente, temas como a escravidão e o colonialismo ainda permeiam algumas dessas produções, mas grande parte das obras tratam do que eu chamo de “drama urbano”, observa Hug.

Na África estão algumas das cidades que mais crescem no mundo, como Lagos, na Nigéria, que deve chegar a 22 milhões de habitantes nos próximos anos.

Mas mesmo quando tocam em temas densos, os artistas do continente o fazem com humor, é uma marca forte da sua produção.

Centro Cultural do Banco do Brasil. Rua Alvares Penteado, 112 – Centro – São Paulo. Aberta de segunda, quarta a domingo, das 9h às 21h . Entrada gratuita. Até 16/07/18.

Fique atento! Horários podem sofrer alterações. consulte sempre o site oficial da instituição.

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