Oráculo de Delfos

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Oráculo de Delfos
   

O oráculo de Delfos tinha um santuário bastante pequeno numa encosta íngreme de uma proeminência de montanha, sob as escarpas do Parnasso, um pouco para o interior da costa norte do golfo de Corinto.

Em épocas antigas, era o local dos Jogos Píticos, cerca de 590 a.C., e de um famoso oráculo (o oráculo de Delfos), que ficava dentro de um templo dedicado ao deus Apolo, elaborado por Trofônio e Agamedes. Delfos era reverenciado por todo o mundo grego como o omphalos, o centro do universo.

No Oráculo de Delfos, as sacerdotisas de Apolo (Pitonisa) faziam profecias em transes. As respostas e profecias ali obtidas eram consideradas verdades absolutas. Hoje, suspeita-se que os transes e visões das sacerdotisas eram provocados por gases emitidos por uma fenda subterrânea no local, o que torna interessante a análise, sendo que, o divino manifesta-se por explicações simples e plausíveis ao terreno mundano, desta forma, por mais que os transes fossem gerados por gases físicos, não deixava de ser um instrumento físico para a manifestação da divindade.

A pesquisa arqueológica em Delfos começou em 1860 por alemães. Em 1891, o governo grego concedeu à Escola Francesa em Atenas permissão para escavações de longo prazo no local. A Grande Escavação revelou restos espetaculares, incluindo cerca de três mil inscrições de grande importância para o nosso conhecimento da vida pública na Grécia antiga.

O primeiro museu de Delfos foi fundado pelo banqueiro e filantropo Andreas Syngros, e construído em 1903 com um projeto de Albert Tournaire, para receber o produto das escavações iniciadas por arqueólogos franceses em 1892.

Museu Arqueológico de Delfos

Um dos mais importantes na Grécia, exibe a história do santuário Delfos. Suas ricas coleções são compostas principalmente de escultura arquitetônica, estátuas e objetos menores doados ao santuário. Estes refletem suas atividades religiosas, políticas e artísticas desde seus primeiros anos no século 8 a.C. até seu declínio na Antiguidade Tardia.

O prédio original, de duas alas, foi ampliado entre 1935 e 1936, e novamente em 1958 por Patroklos Karantinos, a fim de abrigar o acervo sempre em crescimento com novos achados. A organização da coleção foi concluída em uma primeira etapa em 1963. Em 1975, com a recuperação de um touro recoberto de prata e de objetos de ouro, parte do laboratório de escultura e dos depósitos foram adaptados como salas de exposição, e o museu foi ampliado novamente em 1999 para adequar-se aos modernos critérios museológicos, recebendo novos laboratórios e depósitos, uma nova fachada, um lobby, uma cafeteria e uma loja, além de remodelar completamente sua sistemática de exposição.

O acervo está disposto nas salas:

  • Salas 1 e 2:  apresenta os primórdios do santuário, antes do estabelecimento do culto de Apolo, e a transição para o novo culto, através de estatuetas Micênicas e placas Minoanas e trípodes, as primeiras ofertas à nova divindade.
  • Sala 3: período Arcaico Inicial. Com um par de kouroi representando possivelmente Kleobis e Biton, além de um grupo de peças em bronze e frisos do Tesouro de Sícone.
  • Sala 4:  mostra os achados da Via Sacra que levava ao templo, especialmente as oferendas dedicadas ao deus pelas diversas cidades gregas do período arcaico, armazenadas em pequenas capelas, erguidas nos arredores do edifício principal.
  • Sala 5:  expõe elementos de arquitetura da capela votiva da cidade de Sífnos, incluindo a esfinge de Naxos, frisos e cariátides da edícula.
  • Sala 6: Templo de Apolo, com elementos arquiteturais do antigo templo principal, datado dos períodos clássico e arcaico.
  • Salas 7 e 8: Tesouro de Atenas, trata da decoração escultórica da capela erguida pelos atenienses, além de frisos, métopes, inscrições de hinos religiosos e o acrotério, representando Amazonas a cavalo.
  • Sala 9: oferendas do século 5 a.C., com oferendas e decorações em escultura e terracota dos dois tesouros dedicados a Atena Pronaia, o Tesouro de Massália e o Tesouro Dórico.
  • Sala 10: sala dedicada ao Templo de Tolo, o edifício circular do santuário de Atena Pronaia, com elementos da arquitetura e partes da decoração escultórica.
  • Sala 11: Períodos Clássico Tardio e Helenístico, com as oferendas de Daochos, o Onfalos e uma grande coluna com figuras femininas dançando.
  • Sala 12: Períodos Helenístico Tardio e Romano, com frisos das oferendas de Emílio Paulo (a primeira de um grupo de edificações romanas), o altar de Pronaia, a estátua de Antínoo e outras peças representativas em metal e pedra destes períodos.
  • Sala 13: O Auriga, traz a famosa escultura representando um condutor de carruagens, uma das raras representações gregas originais em bronze.
  • Sala 14: Declínio e Fim do Santuário. Ilustra os últimos séculos de existência do santuário de Apolo, com retratos de imperadores romanos e elementos arquiteturais e votivos já trazendo símbolos cristãos.

Museu e Sítio Arqueológicos de Delfos. Fica 15 km a sudoeste de Delfos, cidade-porto de Kirrha, no golfo de Corinto. Delfos (Prefeitura de Fokida).  Abertos diariamente, das 8h às 15h.

Fique atento! Horários podem mudar sem aviso prévio. Consulte sempre os sites oficiais.

4 comentários em “Oráculo de Delfos”.

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    1. Olá, Gabriella, agradecemos seu comentário. As nossas referências para o texto vieram de nossa viagem para Grécia. Continue visitando e compartilhando conosco suas experiências com arte. Abraço

  1. Pra chegar nesse patamar cultural informativo, cremos que foi mta uma longa e árdua pesquisa . Com esse documentário, podemos conhecer os momentos e passagens da mística história de divindades e povos antigos que deixaram um enorme legado pra atualidade . Gratificante esses somatórios de informações . Cremos que cada pesquisa arqueológica, mais certezas se tem das ocorrências vividas, por povos cultos pra época, e provocadores de suas verdades querendo ser “ de repente atemporal “.

    1. Olá, Marilza, é um prazer compartilhar bons conhecimentos! Continue visitando nosso site! Abraço

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