Técnicas artísticas: a arte têxtil

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Técnicas artísticas: a arte têxtil
   

O trabalho com fibras, que podem tornar-se tecidos, compõe especialidade artística, sobretudo valorizada por algumas culturas e épocas históricas. Geralmente empregados na fabricação de indumentárias para grandes acontecimentos civis ou religiosos, constituem, com seus procedimentos de fabricação, materiais (sedas, fios de ouro ou prata, entre outros), decoração e desenhos dos trajes, um objeto de estudo do historiador de arte.

Os museus de artes decorativas guardam tecidos que datam das épocas mais antigas até aqueles dos dias atuais. Nos melhores exemplos sempre se descobre estreitas relações com outras artes, em particular com a ornamentação.

O tapete é um tecido grosso usado para cobrir as paredes, os pisos ou as portas, de tal maneira que com a combinação de fios de diferentes cores são obtidas representações figurativas. A matéria-prima essencial é a lã, ainda que enriquecida com fios de seda, ouro ou prata.

Os tapetes alcançaram grande desenvolvimento na França e em Flandres, no final da Idade Média, mas a demanda continuou ao longo de toda a Idade Moderna: o século 17 foi uma época de particular esplendor para os tapetes, quando os melhores artistas, como Goya, realizaram desenhos para sua fabricação.

Os dois procedimentos técnicos mais comuns são o alto liso, que consiste em trabalhar em um tear na vertical, com um modelo realizado anteriormente em cartão, por um pintor, que é então copiado, de baixo para cima, pelo artesão; e o baixo liso, elaborado em tear horizontal, mas de qualidade inferior.

Outras manifestações da arte têxtil são os bordados, trabalhos com enfeites que formam desenhos sobre os tecidos ao se fazerem os pontos; e as rendas, que são tecidos reticulados preenchidos com desenhos.

Definitivamente, a principal importância da arte têxtil, do ponto de vista da reflexão histórico-artística, está na sua capacidade de ornamentar, seja por meio do abstrato, seja do figurativo, transmitindo uma concepção estética e, portanto, um sistema de pensamento que em si mesmo não é menos válido do que aquele que pode ser descoberto, por exemplo, na arquitetura.

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