Rubem Valentim

Rubem Valentim
   

Foto Silvestre Silva / frutas@silvestresilva.com.br

Rubem Valentim foi um artista plástico e professor brasileiro, considerado um mestre do concretismo no Brasil.

Nasceu em Salvador, Bahia, no dia 9 de novembro de 1922.

Na década de 40 iniciou sua carreira de pintor.

Entre os anos de 1946 e 1947 integrou o Movimento de Renovação das Artes Plásticas na Bahia, junto com Mario Cravo Júnior, Carlos Bastos, entre outros artistas.

No início da carreira, Rubem produziu obras figurativas com natureza-morta, paisagens urbanas, flores e figuras humanas com influência do realismo e do expressionismo.

Em 1953 formou-se em jornalismo pela Universidade da Bahia e publicou artigos sobre arte.

A partir de 1953 começou a incorporar símbolos e emblemas, geralmente geométricos, das religiões de base africanas, como a umbanda e o candomblé, em telas abstratas, que se tornou mais frequente a partir de 1955.

Em 1957 mudou-se para o Rio de Janeiro quando passou a exercer a função de assistente do professor Carlos Cavalcanti no curso de História da Arte do Instituto de Belas Artes.

Nessa época, abandonou a figuração e aprofundou sua pesquisa a partir de signos da iconografia das religiões afro-brasileiras.

Sua pintura ganhou forma rigorosamente geométrica.

Sua participação no Salão Nacional de Arte Moderna lhe valeu o Prêmio Viagem ao Exterior.

Residiu em Roma entre 1963 e 1966.

Ainda em 1966 participou do Festival Mundial de Artes Negras em Dacar, no Senegal.

De volta ao Brasil, Rubem Valentim passou a residir em Brasília, quando lecionou pintura no Ateliê Livre do Instituto de Artes da Universidade de Brasília, onde permaneceu até 1968.

No final dos anos 60, além da pintura, passou a realizar murais, relevos e esculturas monumentais em madeira.

Em 1972, fez sua primeira obra pública, um mural de mármore para o edifício sede da NOVACAP em Brasília.

Em 1977, na XVI Bienal Internacional de São Paulo, o artista apresentou a obra “Templo de Oxalá”, que contava com painéis e esculturas em madeira branca.

Em 1998 o Museu de Arte Moderna da Bahia inaugurou a Sala Especial Rubem Valentim no Parque de Esculturas.

Em 1979 trabalhou em uma escultura de concreto aparente que foi instalada na Praça da Sé, em São Paulo, que ele definiu como um “Marco Sincrético da Cultura Afro-brasileira”.

Apesar de ser considerado um pintor construtivista, Rubem Valentim rejeitou sua filiação a qualquer corrente europeia, especialmente à arte concreta, reafirmando o caráter exclusivamente nacional de sua produção, mas a partir de emblemas e signos religiosos sua obra se transforma em uma simbologia construtiva consoante com a linguagem internacional.

Rubem Valentim faleceu em São Paulo, no dia 30 de novembro de 1991.

“Minha arte tem um sentido monumental intrínseco.

Vem do rito, da festa.

Busca as raízes e poderia reencontrá-las no espaço, como uma espécie de ressocialização da arte, pertencendo ao povo.

É a mesma monumentalidade dos totens, ponto de referência de toda a tribo. Meus relevos e objetos pedem fundamentalmente o espaço.

Gostaria de integrá-los em espaços urbanísticos, arquitetônicos, paisagísticos.

Meu pensamento sempre foi resultado de uma consciência da terra, de povo.

Eu venho pregando há muitos anos contra o colonialismo cultural, contra a aceitação passiva, sem nenhuma análise crítica, das fórmulas que nos vêm do exterior – em revistas, bienais, etc.

É a favor de um caminho voltado para as profundezas do ser brasileiro, suas raízes, seu sentir.

A arte não é apanágio de nenhum povo, é um produto biológico vital”.

Depoimento do artista – Rubem Valentim: artista da luz. São Paulo: Pinacoteca, 2001. p.30.

Consultas e Pesquisas: Rubem Valentim em Ebiografia no site https://www.ebiografia.com/rubem_valentim/

Rubem Valentim em Enciclopédia Itaú cultural no site https://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa8766/rubem-valentim

Rubem Valentim em Guia das Artes no site https://www.guiadasartes.com.br/rubem-valentim/resumo

Catálogo Exposição “Rubem Valentim: artista da luz” na Pinacoteca do Estado de São Paulo, 2001

Crédito foto do artista Rubem Valentim – Silvestre Silva / frutas@silvestresilva.com.br

 

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