O Pentecostes, El Greco

O Pentecostes, El Greco
   

No início do século 17, as composições adquirem maior verticalidade, quase que uma deformação irreal, tomadas por tensões místicas palpitantes e por luzes fosforescentes. Este quadro, que, segundo alguns estudiosos, terá sido pintado na última década de atividade de El Greco, falecido em Toledo em 1614, é característico das suas últimas produções e representa, por isso mesmo, um dos seus trabalhos mais expressivos, mais elevados e solitários.

Inspirando-se nas línguas de fogo que simbolizam a descida do Espírito Santo, projeta todas as figuras através de uma estreita tensão vertical, ao passo que o fundo escuro torna a cena ainda mais sugestiva e misteriosa.

Desde o dinâmico quinteto de apóstolos, embaixo e de costas, a visão abre-se numa íngreme ascensão até ao grupo situado em torno de Maria. El Greco leva a sua ardente fantasia até à fragmentação da cor e das formas vibrantes, até ao jorro veemente da pincelada, que conserva bem visível o ímpeto do artista.

O possível paralelismo com as últimas obras de Tintoretto sublinha o vínculo ininterrupto com a pintura veneziana, mas também uma atitude mística e espiritual, totalmente imersa na cultura e na devoção espanholas.

O Pentecostes, c. 1600, Doménikos Theotokópoulos conhecido por El Greco, Museu do Prado, Madri.

Agora que você sabe mais detalhes sobre esse quadro de El Greco, experimente fazer uma releitura dele ou crie uma imagem religiosa, usando o material colorido que você mais gostar.

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