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Concretismo

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O termo concretismo é usado por Theo van Doesburg, que participa do grupo e revista homônimos, fundados em 1930, em Paris. No texto de introdução do primeiro número da revista Arte Concreta, pontua o que seria a base da pintura concreta:

  • A arte é universal;
  • A obra de arte deve ser inteiramente concebida e formada pelo espírito antes de sua execução […];
  • O quadro deve ser inteiramente construído com elementos puramente plásticos, isto é, planos e cores. Um elemento pictural só significa a ‘si próprio’ e, consequentemente o quadro não tem outra significação que ‘ele mesmo’;
  • A construção do quadro, assim como seus elementos, deve ser simples e controlável visualmente;
  • A técnica deve ser mecânica;
  • Esforço pela clareza absoluta.

Portanto, a arte concreta tenta abandonar qualquer aspecto nacional ou regional e se afasta inteiramente da representação da natureza. E, negando as correntes artísticas subjetivistas e líricas, recusa o sensualismo e a arte como expressão de sentimentos.

Sem implicar uma arte figurativa, a arte concreta nasce também como oposição à arte abstrata, que pode trazer vestígios simbólicos por causa de sua origem na abstração da representação do mundo.

Linha, ponto, cor e plano não figuram nada e são o que há de mais concreto numa pintura. Segundo Doesburg, um nu feminino, uma árvore ou uma natureza-morta pintados não são elementos concretos, mas abstrações. O que há de concreto numa pintura são os elementos formais.

Herdeira das pesquisas do grupo De Stijl (O Estilo), 1917-18, de Piet Mondrian e Doesburg, que buscava a pureza e o rigor formal na ordem harmônica do universo. Além disso, parte de ideais da Bauhaus, nos quais a racionalidade deve estar presente em todos os âmbitos sociais e nas conquistas da arte democratizada pela indústria.

O artista suíço Max Bill, nos anos 50, junto com a Escola Superior da Forma (Hochschule für Gestaltung – HfG), em Ulm, na Alemanha, leva adiante esse projeto. Para Bill, um dos principais responsáveis pela divulgação da arte concreta na América Latina, a matemática é o meio mais eficiente para o conhecimento da realizada objetiva e uma obra plástica deve ser ordenada pela geometria e pela clareza da forma.

Max Bill (1908-1994) foi designer gráfico, designer de produto, arquiteto, pintor, escultor, professor e teórico do design, cuja obra o coloca entre os mais importantes e influentes designers do século XX.

Estuda na Escola de Artes e Ofícios de Zurique, de 1924 a 1927, na qual conhece o trabalho do arquiteto Le Corbusier. A admiração pelo arquiteto o incentiva a fazer arquitetura na Bauhaus, de 1927 a 1929. Em 1930, monta o próprio estúdio em Zurique, onde passa a produzir esculturas e projetos arquitetônicos

Para ganhar dinheiro, no início, trabalha em publicidade. De 1932 a 1936 participa do grupo Abstraction-Création (Abstração-Criação), em Paris. Começa a desenvolver a partir daí seu trabalho de arte concreta. Em 1936, ele apoiou o termo Arte Concreta (Konkrete Kunst) proposto por Theo Van Doesburg em 1930. Em 1941, em viagem ao Brasil e à Argentina, ele apresentou suas ideias e obras ao público dos dois países.

Em 1941, em visita ao Brasil e à Argentina, difunde o conceito de arte concreta. Depois de 1944, torna-se designer de móveis e objetos. No final da carreira, divide o tempo entre a produção artística e gráfica e a atividade de professor de desenho. Morre em Berlim.

No Brasil, esse movimento vanguardista chegou por volta de 1950, através do Suíço, Max Bill (1908-1994), um dos precursores do movimento, ao lado do russo Vladimir Maiakovski (1893-1930). Bill popularizou as concepções dessa nova tendência na Exposição Nacional de Arte Concreta, em 1956.

O movimento concreto se constituiu, primeiramente, na cidade de São Paulo, em meados da década de 50, sendo liderado pelos poetas e irmãos Augusto e Haroldo de Campos, conhecido como os “irmãos Campos”, e Décio Pignatari. O grupo concretista de São Paulo foi fundador da Revista “Noigandres” (1952), divulgadora das ideias atreladas ao concretismo.


COMO CITAR:


IMBROISI, Margaret; MARTINS, Simone. Concretismo. História das Artes, 2025. Disponível em: https://www.historiadasartes.com/nomundo/arte-seculo-20/abstracionismo-geometrico/concretismo/. Acesso em 18/05/2025.

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