Banksy

Banksy
   

Nascido em Bristol, Inglaterra, no dia 28 de julho de 1973. Seu nome de batismo não é confirmado e não deixa-se fotografar. Filho de um técnico de fotocopiadora, começou como açougueiro mas se envolveu com graffiti durante o grande boom de aerossol em Bristol no fim da década de 1980.

Observadores notaram que seu estilo é muito similar a Blek le Rat, que começou a trabalhar com estêncis em 1981 em Paris, e à campanha de graffiti feita pela banda anarco-punk Crass no sistema de metro de Londres no fim da década de 70.

Conhecido pelo seu desprezo pelo governo que rotula graffiti como vandalismo, Banksy expõe sua arte em locais públicos como paredes e ruas, e chega a usar objetos para expô-la.

Banksy não vende seus trabalhos diretamente, mas sabe-se que leiloeiros de arte tentaram vender alguns de seus graffitis nos locais em que foram feitos e deixaram o problema de como remover o desenho nas mãos dos compradores

Suas obras estão em Bristol, Londres, Los Angeles, Nova Iorque, Paris e em várias outras cidades.

Nos anos 90, chama atenção pelo uso da técnica do estêncil em seus grafitis, em que se aplica o desenho através de um corte no papel por onde passará a tinta, o que lhe garante rapidez no seu trabalho.

O mistério sobre sua identidade é mantido com a ajuda de um grupo de colaboradores que chegam a montar tapumes ao redor para ele pintar escondido.

Em suas obras o artista além de pintar figuras irônicas e frases de efeito em pares e prédios, deixa mensagens carregadas de conteúdo social e político.

Antes mesmo da fama, em 2003, Banksy estampou a capa do sétimo álbum de estúdio da banda Blur.

Banksy já deixou mensagens de protesto em jaulas de zoológico, como: “Quero sair”. Chato, chato, chato”.

Pintou notas de 10 libras substituindo a rainha Elizabeth pela princesa Diana, que foram vendidas por 200 libras. Acrescentou obras penetras em museus.

Em 2005, sua pintura penetra do homem da caverna caçando um carrinho de supermercado acabou indo para o acervo permanente do Museu Britânico.

Em 2005, Banksy pintou imagens de um mundo perfeito no lado palestino do muro que separa o território de Israel.

Sua porta-voz disse que “As forças de segurança israelenses chegaram a atirar para o alto, e houve um bocado de armas apontadas para ele”.

Em 2006, Banksy entrou como turista na Disneylândia, na Califórnia, levando uma mochila com um boneco inflável vestido com uniforme dos detentos da prisão de Guantánamo.Burlando a segurança, inflou o boneco e posicionou perto de uma montanha-russa .

Em 2009, a exposição “Banksy vs Bristol Museum”, atraiu cerca de 300 mil pessoas em 12 semanas, onde suas obras interagiam com o acervo permanente.

Em 2010, um documentário sobre a arte urbana, “Exit Through the Gift Shop”, dirigido por Banksy teve sua estreia mundial no Festival de Filmes de Sundance, sendo lançado no Reino Unido no dia 5 de março de 2010. Em 2011 foi um dos indicados ao Oscar de Melhor Documentário.

Em 2013, Banksy esteve em Nova Iorque e espalhou seu trabalho pelas paredes da cidade. Resolveu protestar contra a construção do novo World Trade Center, e resolveu tirar um sarro com o jornal The New York Times, que se recusou a publicar um texto com sua opinião sobre o assunto. Em uma parede escreveu: “Esse local contém mensagens bloqueadas”.

O polêmico e misterioso artista lançou novas obras de protesto no campo de refugiados na França, conhecido como “A Selva”.

Em uma delas, retrata Steve Jobs com um Macintosh antigo em uma das mãos e uma sacola preta na outra.A ideia é lembrar que Steve foi filho de um imigrante sírio.

Em outra obra, o artista faz uma interpretação própria de Le Radeau de la Méduse, em uma cena de naufrágio, mas acrescentando ao fundo um iate de luxo. Escreveu ainda em seu site: “Não estamos todos no mesmo barco”.

Mural Apagado

Um grande mural do “artista guerrilheiro” Banksy foi coberto de tinta por funcionários contratados pela prefeitura da cidade britânica de Bristol para lidar com pichação.

O trabalho artístico, com pouco mais de 7 metros de comprimento e que ficava em um muro ao lado de oficinas na cidade, foi coberto com uma grossa camada de tinta preta.

O conselho municipal de Bristol disse que quer que o erro seja investigado e determinou a preservação de todas as obras de Banksy na cidade.

Em consequência deste engano, alguém pichou as palavras “wot no Banksy?” ( “o quê, sem Banksy?”) por cima da tinta preta.

O mural, um dos primeiros trabalhos de Banksy, apresentava uma coleção de formas azuis, com o traço que é sua marca registrada.

“Estamos cientes de que ele é bastante valioso e temos instruções específicas para que nenhum mural de Banksy seja removido”, afirmou.

Suas obras são carregadas de conteúdo social expondo claramente uma total aversão aos conceitos de autoridade e poder.

Em telas e murais faz suas críticas, normalmente sociais, mas também comportamentais e políticas, de forma agressiva e sarcástica, provocando em seus observadores, quase sempre, uma sensação de concordância e de identidade.

Apesar de não fazer caricaturas ou obras humorísticas, não raro, a primeira reação de um observador frente a uma de suas obras será o riso.

Espontâneo, involuntário e sincero, assim como suas obras.

Opiniões sobre o artista

“De Banksy, importa menos a pessoalidade; sua descrição é sua localização; ele é sua localidade.” (Schneedorf, José)

Mas as ruas não são o único espaço de atuação artística. O artista de guerrilha ‘apodera-se’ de outros espaços públicos, nomeadamente parques de diversão, jardins zoológicos, museus, entre muitos outros. “Brincar em espaços públicos é quebrar as regras, é invadir as emoções pessoais e sensibilidades de alguém sobre o que deveria ser, de outro modo anônimo, funcional e aborrecidamente quotidiano.” (McCormick, Carlo)

Curiosidade

Performático, Banksy já entrou anonimamente em museus como o Louvre, a Tate, o Metropolitan e inseriu obras ou elementos em obras existentes.

Uma das suas ações mais conhecidas foi um plano coordenado para infiltrar quatro dos mais importantes museus de Nova York no mesmo dia. E conseguiu.

Primeiro levou o seu próprio quadro de uma lata de sopa para dentro do Museu de Arte Moderna de Nova Iorque, pendurando-o numa parede.

O quadro permaneceu ali três dias, sem ser notado.

A segunda intervenção deu-se no Museu Brooklyn.

Banksy colocou lá uma tela a óleo mostrando um almirante da era colonial, ao qual ele acrescentou uma lata de spray e frases anti-guerra como pano de fundo.

Os outros dois “alvos” foram o Metropolitan Museum of Art e o Museu Americano de História Natural.

Neste último, Banksy colocou um besouro com umas asas de caça-bombardeiro e mísseis presos ao corpo.

 

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