Paul Klee

Paul Klee
   

Paul Klee nasceu em 1879, em Berna na Suíça, e devido a nacionalidade do pai, obteve cidadania alemã. Nasceu em uma família muito musical, sua mãe era cantora e seu pai dava aulas de música. Eles ensinaram Paul a tocar violino desde cedo.

A música e a pintura tinham a mesma importância para Paul, o que deixou em duvida qual carreira seguir, e também era escritor.

A avó Anna Catharina Rosina Frick despertou muito cedo em Paul Klee o prazer de desenhar e preservou o uso da mão esquerda. Posteriormente, o prórpio artista definiu seus primeiros desenhos como ilustrações de cenas e contos fantásticos

Em 1900 inscreveu-se na Academia de Belas Artes de Munique, começando por utilizar a pena e a tinta e a gravura. Munique era um importante centro artístico na qual artistas estavam experimentando técnica novas e fascinantes.

Conheceu alguns desses artistas: Wassily Kandinsky, Franz Marc e August Macke, que pintavam num estilo novo e influenciou Paul pelas cores brilhantes e das formas usadas.

Sua primeira importante pintura foi “Minha Habitação”, realizada em 1896.

O seu estilo, grandemente individual, foi influenciado por várias tendências artísticas diferentes, incluindo o expressionismo, cubismo, e surrealismo.

Ele foi um estudante do orientalismo. Klee era um desenhista nato que realizou experimentos e dominou a teoria das cores, sobre o quê ele escreveu extensivamente. Suas obras refletem seu humor seco e, às vezes, a sua perspectiva infantil, seus ânimos e suas crenças pessoais, e sua musicalidade.

Em 1906, casou-se com a pianista Lili Stumpf, com quem teve um filho, Félix. Enquanto Lili ganhava o sustento da família como professora de piano, Klee tomava conta do filho, além de desenhar e pintar na cozinha.

Ao analisar a obra de Kandinsky, o cubismo, e o orfismo de Robert Delaunay, a questão da abstração pictórica tornou-se o tema central para Paul Klee durante os anos 1910. Além da arquitetura, a natureza também servia de modelo para a linguagem da forma abstrata do pintor. Estava convencido de que deveria representar a estrutura e a construção inerentes à natureza e à arquitetura. Inspirado pelo estilo do campo de cor de Delaunay, a quem visitou no ateliê parisiense do artista, e a partir da experiência cognitiva vivenciada na viagem à Tunísia em 1914, Klee alcançou a maestria no trabalho com a cor.

Fundou em 1911, junto com Kandinsky e Franz Marc, um grupo artístico vinculado ao expressionismo. Como era cidadão alemão, participou como soldado durante a Primeira Guerra Mundial.

A obra de Paul Klee tem suas imagens difíceis de serem classificadas. Geralmente, ele trabalhava isolado da vista dos demais, e interpretava as novas tendências artísticas de sua própria maneira. Extraordinariamente inventivo em seus métodos e técnicas, Klee trabalhou com vários materiais diferentes: tinta a óleo, aquarela, tinta preta, rascunho, e outros.

Na maioria das vezes, ele combinava esses materiais em uma só obra. Ele usava tela, estopa, musselina, linho, gaze, papel-cartão, limalha, tecido, papéis de parede, e papel-jornal. Klee fazia uso de pintura a esguicho (spray), recortes com facas, carimbos e verniz, e misturava, por exemplo, óleo com aquarela ou aquarela com caneta e tinta indiana.

Ele usa uma grande variedade de paletas de cores, que seguem desde o quase monocromático até ao altamente policromático. Usa frequentemente formas geométricas, além de letras, números, e setas, e as combina com figuras de animais e de pessoas. Algumas obras eram completamente abstratas.

A partir de 1921, Klee passou a lecionar teoria da forma no curso básico da Bauhaus, em Weimar e, posteriormente, a partir de 1926, em Dessau, ambas na Alemanha.

Foi perseguido na Alemanha, na década de 1930, pelos nazistas. Em 1931, quando Klee trocou a Bauhaus pela Academia de Artes de Düsseldorf, ele comentava sobre a realidade política em cartas para a esposa. Detestava Hitler, sua demagogia primitiva e a avidez populista pelo poder. Não há referências diretas ao nacional-socialismo nos títulos dos seus trabalhos de 1932 e 1933. Mesmo assim, Klee fazia alusões à atmosfera violeta e ameaçadora, que no Natal de 1933 o obrigou a emigrar para a Suíça.

A última fase criativa de Paul Klee foi marcada pelo seu estado de saúde, que se tornava cada vez mais precário. No fim de 1935, ele foi acometido pela esclerodermia, uma doença autoimune rara, que endurece os tecidos conjuntivos, a pele, por vezes, também os órgãos internos. Ele faleceu em 1940.

Grande parte de suas obras e seus títulos refletem seu humor seco e seus ânimos variados; algumas expressam convicções políticas. Suas obras aludem frequentemente, à poesia, à música e aos sonhos, e, às vezes, incluem palavras ou notações musicais. Suas últimas obras são distintas por símbolos “hieroglíficos”.

Rainer Maria Rilke escreveu sobre Klee em 1921: “Mesmo se você não tivesse me contado que ele toca violino, eu teria adivinhado isto em várias ocasiões em que seus desenhos eram transcrições da música”.

 

 

7 comentários em “Paul Klee”.

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    1. Olá, Alessandra, assim como outros artistas da sua época, Paul Klee foi convidado por Walter Gropius, diretor da Bauhaus, para lecionar lá. Os objetivos e princípios da Bauhaus, dentre outras coisas, era que a arte nasce acima de todos os métodos, não se ensina; só a sua prática pode ser ensinada. Então, os professores da Bauhaus eram artistas que já desenvolviam seus projetos e suas técnicas.
      Você pode conhecer mais sobre a Bauhaus e sua importância na arte moderna atravé do link https://www.historiadasartes.com/nomundo/arte-seculo-20/bauhaus/
      Abraço,

    1. Olá, agradecemos seu elogio. Continua pesquisando seus temas preferidos por aqui.
      Abraço,

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