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Castelo de Fontainebleau

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O Castelo de Fontainebleau é um dos maiores palácios reais franceses, sendo residência soberana durante oito séculos. Fica localizado na cidade de Fontainebleau, no Norte da França. Cada dinastia que passou por Fontainebleau deixou sua marca, como os Capétiens, os Valois, os Bourbons, os Bonaparte e os Orléans.E foi assim que o Fontainebleau, que também já foi monastério e forte, construído em 1137, se tornou este belo castelo.

O parque cobre uma área de quase 80 hectares e foi criado por Henrique IV, que desmatou parte da Floresta de Fontainebleu entre 1606 e 1609. Luís XIII de França já passeou de Galé nos canais do parque instalados no século XVI.

Este palácio introduziu na França o maneirismo italiano, quer na decoração de interiores quer nos jardins, e transformou-o ao fazer sua interpretação à francesa. O maneirismo francês na decoração de interiores do século 16 é conhecido como “Escola Fontainebleau”, combina escultura, trabalhos em metal e madeira, pintura e estuque.

PRINCIPAIS INTERVENÇÕES

O primeiro a ampliar a construção do castelo mais significativamente foi Francisco I em 1528. Ele passava boa parte de seu tempo neste castelo e mandou reconstruí-lo com inspiração renascentista italiana.

Outra campanha de extensas construções foi levada a cabo por Henrique II e Catarina de Médici, que contrataram os arquitetos Philibert Delorme e Jean Bullant. No Fontainebleau, nasceram seis filhos do casal, dentre eles Francisco II e Henrique III.

O rei Henrique IV adicionou o pátio que carrega o seu nome, e ainda o Cour des Princes, com a adjacente Galeria de Diane de Poitiers e a Galeria des Cerfs, usada como biblioteca. Uma segunda escola de decoradores de Fontainebleau, menos ambiciosa e original que a primeira, esteve envolvida nestes projetos adicionais. Henrique IV perfurou o parque florestal com um canal de 1200 metros e ordenou a plantação de pinheiros, olmeiros e árvores frutíferas.

Três séculos depois o palácio entrou em decadência. Durante a Revolução Francesa muito do mobiliário original foi vendido, no decurso das vendas revolucionárias do conteúdo de todos os palácios reais, concebidas como uma forma de conseguir dinheiro para a nação e assegurar que os Bourbons não poderiam voltar aos seus confortos.

Todavia, na sua época, o Imperador Napoleão Bonaparte, começou a transformar o Castelo de Fontainebleau num símbolo da sua grandeza, como uma alternativa ao vazio Palácio de Versailles, com as suas conotações Bourbon. Durante o império, ele se instalou no Castelo com Josephine, e depois desta, que não podia lhe dar filhos, casou-se com Marie-Louise, que também se instalou lá.
No Castelo, Napoleão assinou a sua abdicação ao trono, através do Tratado de Fontainebleau, despediu-se e partiu para o exílio na ilha de Alba, no Mar Mediterrâneo, em 11 de abril 1814. O tratado não despojou o imperador de seu título.

MUSEUS NO CASTELO

Além da visitação às dependências do castelo e aos jardins, ainda é possível ver mais quatro coleções que estão instaladas no Castelo Fontainebleau. São eles:

O Museu Chinês da Imperatriz, construído sob as ordens de Eugenie em 1863, apresenta coleções do Extremo Oriente recolhidas pela imperatriz. São móveis e objetos saqueados durante a ocupação de Pequim pelos franceses.

O Museu de Napoleão I, constituído em 1986, onde estão expostas lembranças históricas dele e de sua família, enquanto durou o imperío (1804-1815). Até mesmo uma de suas tendas de campanha foi remontada em uma das salas para mostrar como ele vivia quando estava em batalha.

A Galeria de Pinturas é um conjunto de pinturas do século 17 expostas desde 1995 em uma série de salas.

A Galeria dos Mobiliários, inaugurada em 2009, é uma seleção de obras dos séculos 18 ao 20 que são apresentadas no apartamento de Caça, no térreo.

ACONTECIMENTOS MARCANTES

Além de ser a moradia de vários reis e rainhas da França e de festejados casamentos entre membros das famílias reais europeias, o Castelo de Fontainebleau teve outros acontecimentos marcantes.

Em outubro de 1685, Fontainebleau assistiu à assinatura do Édito de Fontainebleau, pelo rei Luís XIV da França que revogava o Édito de Nantes (1598) e ordenava a destruição de igrejas huguenotes e o fechamento de escolas protestantes.

Hóspedes reais dos Reis Bourbon foram instalados em Fontainebleau, como Pedro I da Rússia e Cristiano VII da Dinamarca, e também, na época de Napoleão, o Papa Pio VII, em 1804 quando veio consagrar Napoleão como Imperador, e entre 1812 e 1814, quando foi seu prisioneiro.

agenda
Château de Fontainebleau. Aberto todos os dias, exceto às quintas; 1º de janeiro, 1º de maio e 25 de dezembro. Há horários específicos para visitação em determinados períodos do ano.

Clique aqui e veja o Mapa do Castelo.

SaibaMais

A Escola de Fontainebleau se refere a dois períodos de produção artística na França durante o final do Renascimento, com centro no Castelo de Fontainebleau. A Primeira Escola de Fontainebleau (a partir de 1531) contava com os artistas: Rosso Fiorentino, Francesco Primaticcio e Niccolò dell’Abbate. De 1584 a 1594, o Castelo de Fontainebleau foi abandonado. Henrique IV da França começou uma reforma nos prédios de Fontainebleau usando um grupo de artistas: Ambroise Dubois, Toussaint Dubreuil e Martin Fréminet, que são chamado de Segunda Escola de Fontainebleau. Sua obra maneirista ainda era baseada em cenas mitológicas e clássicas.

Atualmente, parte do palácio alberga as “Écoles d’Art Américaines”, uma escola de arte, arquitetura e música que oferece cursos para estudantes estrangeiros.

O jeu de paume (quadra de tennis real) de Henrique IV está preservada. É a maior quadra de tênis deste género no mundo, e uma das poucas de propriedade pública.

Os monogramas com as iniciais dos nomes de Henrique e de Catarina de Médicis, sua esposa, que está em toda parte no Castelo de Fontainebleau, foram elaborados para formar dois “D”, inicial da amante do rei, Diana de Poitiers.

Em 1981, o Palácio de Fontainebleau foi classificado Patrimônio Mundial pela UNESCO.

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Respostas de 4

  1. Adoro viagens por castelo! Esse não conhecia e parece um destino incrível.
    Obrigada pelo artigo, amei conhecer.

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