José Damasceno

José Damasceno
   

José Damasceno Albues Júnior,  nasceu em  28/11/1968  Rio de Janeiro, Brasil. Estudou arquitetura na Universidade Santa Úrsula, no Rio de Janeiro, sem concluir o curso.

No começo da década de 1990, volta-se para as artes plásticas.

Recebeu o Prêmio Cidade, no 14º Salão de Arte de Ribeirão Preto, São Paulo, em 1989, e o prêmio aquisição do 13º Salão Nacional de Artes Plásticas, na Fundação Nacional de Arte – Funarte, em 1993.

Nesse mesmo ano, realiza sua primeira instalação, Método para Arranque e Deslocamento, na Galeria Sérgio Porto, no Rio de Janeiro.

Damasceno cria objetos e instalações em que explora os limites da forma escultórica com materiais industriais, como a estopa, madeira, o concreto e o alumínio.

Em 1995, recebeu o Prêmio Unesco Pour la Promotion des Arts, em Paris, e o Price Waterhouse na mostra Panorama da Arte Brasileira, do Museu de Arte Moderna de São Paulo – MAM/SP.

A partir de 2000, sua obra alcança grande destaque também no exterior.

Em produção recente, o artista realiza séries de esculturas cuja disposição se relaciona diretamente com o espaço expositivo, como em Durante o Caminho Vertical, 2001.

Participa, entre outras, da 25ª Bienal Internacional de São Paulo, em 2002, com a instalação Trilha Sonora, e da 51ª Bienal de Veneza, em 2005, com a instalação O Final do Eclipse.

José Damasceno cria objetos e instalações que exploram os limites da forma escultórica por meio de materiais industriais, como a madeira, o concreto e o alumínio. Sua poética envolve questões de superfície e profundidade, de solidez e gravidade.

Para a crítica de arte Ligia Canongia, o principal ponto de interesse do artista é o das relações mentais que podem ser estabelecidas entre a ideia e a possibilidade de constituição formal de um objeto. O artista procura produzir no espectador uma sensação física, vivencial, por meio do contato com a obra.

Segundo o historiador da arte Agnaldo Farias, Damasceno trabalha com o espaço da representação como uma dimensão móvel, e constantemente provoca a alteração da percepção que se tem dele.

Seus trabalhos ligam-se, dessa forma, à obra de Sérgio de Camargo (1930 – 1990), Amilcar de Castro (1920 – 2002), Lygia Clark (1920 – 1988), Hélio Oiticica(1937 – 1980), entre outros.

Por exemplo Na instalação Cinemagma (1999/2001), Damasceno cria labirintos com pequenos tijolos quadrados de mármore e amontoa no chão do espaço expositivo grande quantidade de estopa.

No meio do monte, coloca uma porta aberta que permite entrever alguns frascos de vidro.

Nas paredes da galeria, apresenta desenhos presos com pregos e elásticos.

O trabalho, segundo o próprio artista, pode ser entendido como uma crítica a tudo aquilo que faz pensar de maneira rígida, a formas de pensamento com estruturas definidas.

Fonte de pesquisa: JOSÉ Damasceno. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2020. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa21585/jose-damasceno>. Acesso em: 26 de Set. 2018. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7

 

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