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A Festa de Baltasar, Rembrandt

Decoração eclética colorida – impressão de arte de parede de galeria eclética divertida para quarto, imagens de pintura de artistas famosos (sem moldura)

Por volta dos trinta anos, Rembrandt mostrou um interesse particular por cenas intensamente dramáticas e espetaculares, com grandes figuras  envolvidas em situações emocionantes, iluminações deslumbrantes e pontilhistas, encontros de feixes de luz e gestos eloquentes, como esta aparição miraculosa narrada pelo profeta Daniel.

Baltasar, rei da Babilônia, deu uma festa usado as riquezas que o seu pai, Nabucodonosor, havia roubado do Templo de Jerusalém, de repente uma mão misteriosa escreve em hebraico, na parede, uma profecia quanto à morte do rei e o desaparecimento do seu reino entre Medes e Persas. Os sábios babilônicos convocados pelo rei não conseguiram compreender e apenas Daniel esteve à altura de interpretar a mensagem divina.

Rembrandt obteve provavelmente a fórmula para a inscrição hebraica por meio do amigo Menasseh ben Israel, um estudioso judeu, de quem pinta o retrato em água-forte em 1636. Essa inscrição diz: Mene, Mene, Tekel, Ufarsin, e é interpretada assim: Mene, “Deus contou os dias do teu reino e o levou ao fim”; Tekel, “Tu foste pesado na balança e estás em falta”; Ufarsin, “Teu reino será entregue aos medas e aos persas”. Baltasar foi assassinado na noite em que a inscrição apareceu, e Dario, o Meda, tomou-lhe o reino.

A intensa força expressiva desenvolve-se em torno do gesto amplo do rei, atingido por uma brilhante luz miraculosa, que desliza sobre o turbante branco e o manto real.

A tinta nos mantos é muito espessa, bem semelhante à textura real dos ricos tecidos e joias. A tinta aplicada dessa maneira chama-se impasto. O brocado foi pintado sobre uma camada prévia de um tom castanho-dourado, que transparece em alguns lugares.

A travessa de ouro e prata é um bom exemplo das peças de arte holandesas da época. Rembrandt possuía uma extensa coleção de obras e objetos de arte – armaduras, capacetes, ricos mantos, taças de prata e muito mais – que costumava empregar como objetos de cena em suas pinturas.

Os comensais espantados recuam atônitos; suas expressões refletem o horror que sente o rei. Rembrandt era fascinado pela fisionomia – a maneira como o rosto revela os estados da alma. O pintor era aplicado nas texturas, ele conseguiu pintar com suprema maestria a mais difícil de todas: a pele do rosto humano, em especial a dos velhos. Particularmente difícil de reproduzir é a área em torno dos olhos, que variam em cada indivíduo.

Tal como fizeram muitos mestres pintores, Rembrandt fundou um estúdio de grande sucesso, com muitos aprendizes trabalhando para ele e copiando o seu estilo. Vem daí a dificuldade em decidir quais telas foram inteiramente feitas ela mão do mestre, quais são obras de seus alunos mais talentosos, e quais são esforços conjuntos. No início do século 20, os especialistas atribuíam a Rembrandt quase mil telas. Hoje, a posição oficial da Comissão Rembrandt é que ele pintou menos de trezentas.

A Festa de Baltasar, c. 1635, óleo sobre tela, 167 cm x 209 cm, Rembrandt, National Gallery, Londres.

pincelAgora que você sabe mais detalhes sobre esse quadro de Rembrandt, experimente desenhar e pintar uma cena dramática que contenha grandes contrantes de claro-escuro, usando o material colorido que você mais gostar.

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COMO CITAR:


IMBROISI, Margaret; MARTINS, Simone. A Festa de Baltasar, Rembrandt. História das Artes, 2025. Disponível em: https://www.historiadasartes.com/a-festa-de-baltasar-rembrandt/. Acesso em 06/06/2025.

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