Essa é uma das dezessete telas que Paul Gauguin completou durante uma breve e tumultuada visita a Van Gogh em Arles. É uma poderosa e enigmática retrata o jardim público em frente à residência de Van Gogh, a chamada Casa Amarela.
Há o planejamento cuidadoso da composição, grandes áreas planas de cor, manipulação arbitrária de espaço e as silhuetas enigmáticas, exemplificam a deliberação com a qual Gauguin buscou harmonia pictórica e conteúdo simbólico em sua obra.
Aqui, quatro mulheres envoltas em xales caminham lentamente pelo jardim. Os dois mais próximos do espectador desviam seus olhares e curiosamente cobrem suas bocas.
Seus contornos sombrios ecoam os dois cones alaranjados, que provavelmente representam arbustos envoltos no gelo.
O banco ao longo do caminho superior esquerdo se eleva abruptamente, desafiando a perspectiva lógica.
Igualmente intrigante é o misterioso arbusto à esquerda, no qual Gauguin incorporou conscientemente formas que sugerem olhos e nariz, criando a impressão de uma presença estranha e vigilante.
Com sua aura de emoção reprimida e significado indescritível, Arlésiennes (Mistral) explora as ambiguidades, mistérios e emoções que Gauguin acreditava estarem subjacentes às aparências.
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