Banho Árabe, Granada

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Banho Árabe, Granada
   

El Bañuelo é um edifício, declarado Bem de Interesse Cultural, que contém o banho árabe, construído no século 11, na época do rei zidí Badis e custeado pelo poeta Semuel Ibn Nagrela, sendo considerado um dos mais completos de Andaluzia e o mais antigo de Granada.

Na Granada mulçumana, este edifício era conhecido como ḥammān al-Yawza ou banho do Nogal. Em outras épocas também ficou conhecido como Banho de Palácios e Banho da Porta de Guadix. Fica próximo ao rio Darro, em frente à Ponte de Cadí.

De planta retangular. É através de um saguão se chega a um pátio com piscina. A sala principal possui arcos em ferradura em três dos seus lados. As colunas têm capitéis romanos, visigodos e mourisco, reutilizados de edifícios mais antigos que foram destruídos.

Além da sala principal, o edifício conta com outras duas salas cobertas, onde se seguia o esquema típico das termas romanas (água fria, temperada e quente)

No fundo do edifício existe uma sala, hoje sem cobertura, que continha as caldeiras. Todas as salas têm claraboias octogonais ou em forma de estrela para facilitar a ventilação e regular a climatização.

Os banhos se proliferaram por todo o território de Andaluzia, em grandes e pequenos núcleos urbanos, pelo qual se deduz a importância para os muçulmanos. Possuía água, que no caso do banho, alcançava duplo objetivo: a limpeza corporal e espiritual. Como na religião cristã, água era um símbolo de purificação, limpeza dos pecados e regeneração.

Para o abastecimento da água na cidade os muçulmanos construíram uma importante rede hidráulica, tomando as águas dos rios Darro, Beiro e Genil, assim como de numerosos mananciais que brotam nos arredores de Granada.

Considerado um edifício público, civil e, em certa medida religioso. Os habitantes do bairro iam ao banho para se lavar, cortar o cabelo, se barbearem e receber massagens. Além disso, servia como um lugar de reunião.  Havia um horário diferente para os homens e mulheres, e também servia para os preparativos das noivas antes do casamento.

Os árabes herdaram a tradição das termas romanas de Bizantina e Roma através das cidades o Oriente Próximo e Norte da África, mas reduziram as dimensões e padronizaram a planta.

Depois da conquista cristã deixou de ser utilizado e posteriormente se construiu nele um lavadeiro público. Em 1927, o arquiteto Leopoldo Torres Balbás tramitou sua desapropriação e restaurou o edifício entre 1928 e 1932, eliminando o lavadeiro da sala principal e colocando mármore no piso, entre outras ações de restauro.

El Bañuelo. Carrera del Darro, 31 – Granada – Espanha. Aberto de terça a sábado, das 10h às 14h. Fechado segundas, domingos e feriados.

Fique atento! Horários podem mudar sem aviso prévio. Consulte sempre os sites oficiais.

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