Se você só encara a fotocopiadora como uma máquina extremamente útil porque, no simples apertar de um botão, ela reproduz um documento importante saiba que desde a década de 50 alguns artistas têm utilizado a fotocopiadora de modo criativo para produzir seus trabalhos.
A eletrografia nada mais é do que um processo fotográfico a seco. Em vez de material fotossensível são empregadas chapas de selênio ou fibras orgânicas, seu inventor foi o norte-americano Chester Carlson, em 1938.
O artista Charles Arnould é autor dos primeiros textos e trabalhos de eletrografia como expressão artística. Suas obras fazem parte do acervo do MOMA – Museum of Modern Art of New York e do Museu de Arte de São Paulo.
A 20ª. Bienal Internacional de São Paulo mostrou um 1º. Studio Internacional de Eletrografia de São Paulo, onde foram exibidos trabalhos de artistas renomados e os visitantes puderam acompanhar o processo de elaboração de cada obra nos primeiros 15 dias do evento, onde os todos os artistas participantes utilizaram as máquinas fotocopiadoras e o papel para produzir suas obras.
Segundo o fotógrafo dadaísta Man Ray, “a fotografia só será arte quando envelhecer como o vinho ou o álcool, quando perder o sabor azedo. Aí será Arte, não apenas mais uma arte”. Sendo assim, a eletrografia como arte, não é um mero apertar de botões, antes de mais nada, o autor precisa ter boas ideias para produzir uma boa obra.
Quando se fala de Arte, o importante é inovar!