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Era uma casa….Romana

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Roma conhecida pela sua arquitetura monumental, que aliava grandiosidade a funcionalidade, construía as suas casas de forma prática e bem definida quanto ao seu uso.

Domus o lar tradicional dos Romanos, conhecida pelas antigas residências de Pompéia.

A casa familiar e privada era feitas em tijolo e ladrilho cozido, apresentando um aspecto exterior modesto.

Geralmente possuía um piso ou dois e tinha um telhado ligeiramente inclinado para o interior, coberto com telhas de cerâmica; não possuía aberturas para o exterior, somente a porta principal e, algumas vezes, uma outra no fundo da casa.

As dependências internas organizavam-se em torno de um ou dois pátios interiores o atrium recinto a céu aberto no meio do qual a água das chuvas é acolhida num tanque e o peristilo, pelos quais se fazia a iluminação e ventilação da casa e a circulação das pessoas.

A decoração interior baseava-se nos pavimentos de mármore policromo ou de mosaicos, e nos belíssimos estuques pintados das paredes das divisões nobres triclinium, sala de jantar e tablinum, escritório ou sala de estar.

A cozinha, nas casas de Pompéia, não parecia ter local fixo; situa-se geralmente perto do tablinum ou é contigua às latrinas.

A Casa dos Vetti é uma das mais célebres e luxuosas residências da antiga cidade romana de Pompeia. Um domus, e não uma vila, a casa foi preservada juntamente com o resto da cidade pela erupção do Vesúvio, em 79, e recebe este nome em homenagem a seus proprietários.

A escavação cuidadosa da casa preservou quase todos os afrescos de suas paredes, que foram terminados depois do terremoto de 62, no estilo chamado pelos historiadores da arte de “Quarto Estilo Pompeiano”.

Afrescos do Quarto Estilo Pompeiano
Afrescos do Quarto Estilo Pompeiano

Por vezes, os dois compartimentos situados junto à rua, dos dois lados da entrada, estavam separados do resto da casa e comunicavam diretamente com o exterior. Eram lojas (tabernae) alugadas a comerciantes ou artífices.

Fornos coletivos - Pompeia
Fornos coletivos – Pompeia

As famílias mais ricas possuíam variantes maiores e muito mais luxuosas do modelo do domus, rodeadas de grandes e belos jardins, as “villas”, moradias construídas, muitas vezes, fora da cidade, em uma zona rural agradável pela temperatura e pela paisagem.

Os imperadores e suas famílias mandaram construir villas grandiosas (os palácios imperiais), verdadeiras cortes que abrigavam uma numerosa criadagem, as milícias militares e as comitivas políticas.

                               Ruínas da Domus Aurea (palácio imperial do imperador Nero) e detalhes da decoração.

Porém, arquitetura romana não inovou somente nos edifícios públicos e palacianos, desenvolveu um tipo de habitação urbana popular em blocos de apartamentos com três ou quatro pisos, chegando até nove pisos, eram as insulas (ilhas). As encontradas principalmente em Óstia, cidade costeira próxima de Roma.

A insula, pelo seu aspecto exterior, recorda muito os prédios dos bairros baixos de Nápoles, de Gênova ou, na França, da velha Nice.

Desenho com a reconstituição das casas populares romana.
Desenho com a reconstituição das casas populares romana.

Todos os andares são divididos em apartamentos independentes, aos quais se tem acesso por uma escada que dá diretamente para a rua.

A iluminação era assegurada por grandes janelas rasgadas na fachada ou dando para poços de luz no interior.

O primeiro andar era geralmente ocupado por lojas, cada uma delas formando uma divisão independente largamente aberta para a rua e fechada, a noite, por persianas móveis.

Esses blocos de habitação popular eram geralmente construídos pela elite para aluguel, nem sempre foram usadas as melhores técnicas e de pouca manutenção, causando muitos desabamentos.

Também sofreram frequentes incêndios. Depois do catastrófico incêndio de Roma no ano 64, foram estabelecidas normas mais rígidas para a sua construção.

Outro destaque foi a atenção dada a arquitetura solar, os Romanos viam grandes benefícios em utilizar uma arquitetura solar passiva nos seus edifícios.

Influenciados pelos gregos, utilizaram as capacidades do Sol para iluminar e aquecer os compartimentos, poupando as reservas de madeira, que muitas vezes escasseavam.

Sócrates notara e escrevera: “Nas casas voltadas para sul, no Inverno, o sol penetra no pórtico”.

Seguindo esta ideia, os Romanos cobriram as aberturas a sul com vidro e mica para manter o calor do sol de Inverno.

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