Proveniente da palavra de origem grega “obra das musas” , cuja técnica remonta da antiguidade.
A técnica da arte do mosaico consiste na colocação de tesselas (peças quadrangulares ou cubicas usadas em revestimento), que são pequenos fragmentos de pedras, como mármore e granito moldados com formão(instrumento usado por escultores) e martelo.
Também são usadas pedras semipreciosas, pastilhas de vidro, seixos e outros materiais, sobre qualquer superfície.
O registro mais antigo data de 3.500 a.C., na cidade de Ur, na região da Mesopotâmia. O “Estandarte de Ur”.
Estandarte de Ur”, considerado por muitos historiadores como o mosaico mais antigo que se tem conhecimento. Foi encontrado na Suméria (antiga Mesopotâmia) atual Iraque. Trata-se de dois painéis retangulares, feitos de mármore, arenito avermelhado, lápis lazúli e conchas.
Suas duas faces forma trabalhadas, numa delas são narradas cenas de guerra, com o rei e seu escudeiro num carro que corre e espezinha seus inimigos. Os vencedores conduzem os prisioneiros, os quais atados em pares, são apresentados ao rei. Na outra face mostra-se cenas da vida doméstica de um dos reis sumérios.
No antigo Egito, havia preciosos trabalhos feitos em sarcófagos de antigas múmias; também havia mosaicos que decoravam colunas e paredes de templos.
Entre os gregos, existiam pisos feitos com pedaços de mármore branco ou de cor, embutidos numa massa compacta e muito resistente.
Em Roma esta arte começou no século I A.C. e foi largamente usada em pisos, murais fontes e até painéis transportáveis.
Em Pompeia especificamente, foi um viveiro de mosaicistas que desde os poderosos e os abastados até o povo em geral apreciavam esta arte.
No período paleocristão, abre-se para o mosaico uma nova era: a arte bizantina, que é o verdadeiro triunfo das artes visuais do cristianismo.
Combinando harmonicamente elementos ocidentais e orientais, deu origem a uma arte intelectualizada, onde o sentido de divino, de sobrenatural, manifestava-se através de um original abstracionismo. Nunca o mosaico teve tanto esplendor e foi tão largamente usado no mundo como nesse período.
O crescimento do cristianismo introduziu novos temas, mas as técnicas e materiais continuaram intactos até a era bizantina, iniciada pelo Imperador Justiniano em Ravena, em torno de 527 d.C.
Este foi o mais rico e inovador período do mosaico, exemplificado pela maravilhosa e luminosa criação de igrejas bizantinas.
Os mosaicos Bizantinos Justinianos mais significativos são os das igreja de Ravena, Itália. Na igreja São Vital estão representados o imperador Justiniano e Teodora, com seus séquitos.
No mundo islâmico, a arte do mosaico teve importante aplicação na ornamentação de edifícios e mesquitas
A mesquita de Damasco (Síria), é um monumento belíssimo, não só pela construção, mas também pela decoração, em mosaico incluindo “tesselas” de ouro.
Um outro tipo de mosaico foi o de pequenos “fragmentos” de madeira, usados para decoração de móveis, caixas e outros objetos .Eram também usados pedaços de marfim e madrepérolas.
No século XIX, caiu quase em abandono. Os estetas subdividiram a produção artística em artes maiores (pinturas a óleo, afresco, têmpera e esculturas) e em artes menores (cerâmica, esmalte sobre metal, tapeçaria e o mosaico).
Com a revolução industrial, o aperfeiçoamento das técnicas da arquitetura e a arte sendo incorporada aos produtos industrializados oferecidos ao mercado em expansão, o mosaico passa a ser produzido em lajotas ou pequenos quadrados de cerâmica, que ao se unir formavam imagens decorativas surpreendentes em painéis coloridos.
No final do século XIX e início do século XX, o arquiteto catalão Antoni Gaudí (1852-1926), desenvolveu uma estética própria na sua arte.
Gaudí utilizava recursos do mosaico em sua arquitetura, integrando a obra à natureza de forma harmoniosa. Ele rompeu com a forma plana nos edifícios e também passou a explorar as superfícies produzidas pela própria natureza utilizando a arte do mosaico. O Parque Güell, a Casa Milá e a Casa Batló, na Espanha, são exemplos fabulosos da multiplicidade de técnicas, incluindo o mosaico.
Nos anos cinquenta e sessenta do século XX, a moda era a utilização de pastilhas de azulejos nos pisos e paredes das construções, e na década de noventa a utilização do vidrotil na arte do mosaico.
Nos dias de hoje, o mosaico ressurgiu, despertando grande interesse, sendo cada vez mais utilizado, artisticamente, na decoração de ambientes interiores e exteriores.
Pode-se exemplificar, como mosaico:
Tradicional: aquele que o artista executa diretamente no local empregando o “método direto” que leva em conta uma infinidade de fatores entre os quais: a distância do ponto de observação; a variação da luz real durante os diversos momentos do dia ou, eventualmente, o tipo de luz artificial; os materiais de que se constituem as pastilhas.
Indireto: é a realização do mosaico de acordo com um tempo previsto e um local previamente escolhido. A composição é em verdade executada em laboratório, colando-se as pastilhas sobre uma folha de papel (ou tecido) sobre o qual está reproduzido o desenho do mosaico que se deseja executar. Quando o trabalho acaba a liga será depositada na parte posterior da obra. Se gira então o mosaico, apoiando-o sobre o suporte definitivo e, por último, se retira a folha de papel.
Arquitetônico: a partir do século XX, houve uma inclinação a se reavaliar o mosaico sobretudo no que diz respeito a decoração arquitetônica, para a qual geralmente foram adotadas as tendências e os estilos que estavam na moda na pintura. Um exemplo disso são os grandes mosaicos que revestem a Cidade do México.
O maior mosaico do mundo está na cidade do México e tem 4000 m². Essa Fantástica obra foi construída pelo arquiteto e pintor Juan O’Gorman.
O imenso mural é na realidade o revestimento do edifício da Biblioteca Central da Cidade Universitária da UNAM – Universidade Nacional do México. Sua construção se deu de 1949 a 1951.
A aplicação de mosaico é vasta, usado atualmente como uma forma de expressão artística em obras originais e também, no artesanato. Como nos exemplos abaixo.