O pintor francês Paul Gauguin (1848-1903) teve grandes dificuldades para viver do seu trabalho. O prestígio como um mestre do pós-impressionismo veio só depois da morte e presenteou os herdeiros.
O filme Gauguin — Viagem ao Taiti, dirigido por Edouard Deluc, trata o período bem especial, de 1891 a 1893, quando o pintor viveu pela primeira vez na Polinésia Francesa, para onde voltaria mais tarde — e onde morreria.
Ali, Gauguin precisou trabalhar como estivador, ficou doente e constatou, desesperançoso, que a venda de seus quadros não contribuiria muito para a sobrevivência da família, mulher e cinco filhos que tinha deixado na França. Por outro lado, foi no Taiti — colônia francesa desde 1880 — que encontrou sua segunda mulher e a inspiração para a fase mais notável de sua obra.
O filme procura mostra a angústia que tomava Gauguin naquele momento, na luta por dinheiro e condições mínimas de trabalho, com o olhar deslumbrado para o que lhe parecia uma sociedade mais integrada à natureza e conectada apenas às necessidades básicas da vida.