O filme conta uma história de amor que contrasta com tudo com o que ocorria na devassa corte francesa do Rei Sol, onde pular de cama em cama parecia o esporte favorito da realeza.
Na época, em 1762, as mulheres são mostradas como figuras decorativas, mas muito venenosas, sobretudo debaixo dos lençóis. A personagem criada por Rickman, a paisagista Simone De Barra (Kate Winslet), que não existiu de verdade, se contrapõe ao modelo feminino que ostentava-se na corte. Ao contrário, a viúva Sabine é uma trabalhadora braçal, que pega no pesado e põe as mãos na terra para dar aos jardins que cria um sopro de liberdade e um pouco de caos.
Depois de receber vários paisagistas, Le Notre escolhe um esboço de Sabine para a construção de uma fonte num dos jardins do Palácio de Versalhes. Não obstante as diferenças estéticas entre Le Notre – que realmente existiu e criou os jardins do Palácio de Versalhes – e Sabine De Barra, o diretor faz com que os dois personagens se aproximem devagar, com um misto de respeito, paixão e superação das dores do passado.