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Como analisar uma obra arquitetônica

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O conhecimento dos detalhes construtivos de um edifício é indispensável à sua análise, mas nunca deve sere dissociado das circunstâncias históricas e sociais.

Ainda que o conhecimento objetivo do edifício seja indispensável à sua análise completa, o historiador da arte precisa estudar a arquitetura empregada por intermédio de determinados materiais básicos.

Primeiro, o desenho da planta do edifício, denominada planta baixa, que constitui um secionamento da construção, executado por um plano que corta de forma paralela ao solo (à altura de 1 metro, aproximadamente, incluindo-se elementos de acesso, como escadas e rampas). O número de plantas corresponde ao número de pavimentos ao edifício. Pela planta, é possível analisar a espessura das paredes, os eixos de distribuição dos espaços, os elementos que sustentam as coberturas que, quando não planas, também devem ser desenhadas.

Em segundo lugar, o desenho de elevações externas e internas, em que se estudam aspectos particulares do edifício, o que permite ver a composição estrutural, a iluminação e as proporções. Também devem receber atenção seções ou cortes verticais, ou seja, planos que cortam o edifício em ângulo reto em relação ao solo, possibilitando visualizar estruturas, proporções e projeções, geralmente das linhas verticais do edifício, a partir da planta de baixo para cima, que permitem globalizar as percepções anteriores.

Por último, as fotografias, elementos que ajuda à análise de visualizações em conjunto, tanto externas (fachadas  vistas aéreas, por exemplo) como internas e, sobretudo, os motivos ornamentais concretos, às vezes de difícil acesso.

Pontos de vista para análise

Pode-se analisar um edifício por meio de diversos pontos de vista. Geralmente, convém fixar-se em quatro aspectos: o vocabulário arquitetônico, os problemas espaciais e de volumetria, os aspectos técnico-estruturais e os funcionais e representativos.

A historiografia artística tem definido os estilos por intermédio de determinado vocabulário construtivo que, embora ainda separado de funções estruturais e simbólicas pode servir, por si mesmo, à identificação formal. Basicamente, deve-se levar em conta, de um lado, os elementos de sustentação – as colunas com todos os seus elementos, pilares, pilastras, dintéis e arcos (romano ou meio ponto, quebrados, de ferradura, rebaixados) – e, de outro lado, as coberturas – planas, em forma de abóboda (de meio-berço, de aresta) – ou as cúpulas.

Ao analisar tais aspectos em uma edificação, é preciso distinguir os elementos próprios do estilo à época, de um arquiteto em especial ou de determinada região geográfica, assim como tratar de relacioná-los com outros exemplos da mesma época ou de outras épocas anteriores.

Os problemas espaciais e de volumetria

A arquitetura nasce da necessidade de um espaço, que se traduz externa e interiormente como consequência da aplicação do vocabulário formal. No interior do edifício, deve-se analisar a estruturação, observando, por exemplo, se a planta é articulada a partir de eixos, se é central, livre ou concebida por intermédio de um módulo. No exterior é preciso apreciar a articular dos volumes do edifício entre si. Já na escala urbana, é importante observar a relação do edifício com os demais de seu entorno. A iluminação também é importante, assim como as proporções de cada um dos espaços, seja pelas dimensões da figura humana, seja de um módulo previamente fixado. Por fim, o tamanho do edifício, em si mesmo e em relação ao lugar, é outro aspecto a ser considerado.

Os aspectos técnico-estruturais

Um aspecto que deve ser valorizado na análise arquitetônica é o tipo de material utilizado na construção (adobe, madeira, tijolo, pedra, mármore, ferro, vidro, concreto, etc.) e sua aplicação em cada parte, na estrutura ou percepção externa o que supõe apreciar cor e textura resultante, o modo de trabalhar a massa edificada ou a importância dos elementos decorativos incluídos. Também é preciso captar o papel da técnica na concepção de determinadas soluções espaciais, assim como a adaptação do arquiteto a elas.

Os aspectos funcionais e representativos

Todo edifício nasce com um objetivo e sua permanência o enriquece com valores simbólicos cultivados ao longo do tempo. É importante saber quem utiliza o edifício e para quê. Além disso, quem financiou sua construção, quantas e quais foram suas fases e o tempo de sua duração. É importante observar, por fim, se a construção responde a uma tipologia determinada e se adquiriu nas esferas cultural, política, urbana ou histórica o caráter de ícone arquitetônico.

Além desses detalhes, vale a pena observar o estilo pessoal do arquiteto que projetou o edifício. A análise da técnica e inspiração desse artista também ajudam o observador em sua análise. Pode ser um edifício inovador ou mesmo que se remeta claramente a determinado arquiteto.

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Respostas de 2

    1. Olá, Ana, o artigo está baseado em conhecimentos adquiridos ao longo da nossa jornada como educadores de Arte.

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