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Fundação Cultural Ema Gordon Klabin

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É um museu brasileiro, localizado na cidade de São Paulo, no bairro Jardim Europa.

Esta aberta para a visitação desde 2007

Criada em 1978, é uma instituição particular sem fins lucrativos, declarada de utilidade pública federal, que tem por objetivo conservar e divulgar o acervo artístico, histórico e científico reunido ao longo de mais de 70 anos pela empresária, mecenas e colecionadora Ema Gordon Klabin, além de promover atividades culturais e educativas.

Os trabalhos de catalogação do acervo foram iniciados em 1997, três anos após o falecimento de Ema Klabin, e possibilitaram uma compreensão profunda das peças e sua história.

Para divulgar o seu acervo, além da visitação pública, a Fundação Cultural Ema Gordon Klabin tem cedido obras para inúmeras exposições no Brasil e na Europa.

Como vizinhos do museu estão outras duas instituições culturais: O MUBE – Museu Brasileiro da Escultura e o MIS, Museu da Imagem e do Som.

A construção, com cerca de 900 m2, foi cuidadosamente projetada e construída pelo engenheiro-arquiteto Alfredo Ernesto Becker, em meados dos anos 50,  teve como inspiração o Palácio de Sanssouci, em Potsdam, perto de Berlim, frequentado por Ema em sua juventude.

Galeria Semi Circular da Fundação Cultural Ema Gordon Klabin

A mansão levou mais de dez anos para ficar pronta para abrigar a coleção reunida por Ema Klabin.

A casa não possui um estilo definido, como era comum nas outras residências da época, unindo elementos clássicos, como os arcos plenos nas portas e janelas externas, com elementos modernos, notadamente nos materiais de acabamento utilizados.

A decoração ficou a cargo de Terri Della Stuffa, também responsável pela distribuição e adaptação das peças pelos ambientes da casa.

A Fundação Ema Klabin conserva um acervo de 1545 peças reunidas por Ema Gordon Klabin ao longo de toda sua vida.

As obras foram adquiridas por Ema Klabin em galerias e antiquários do mundo inteiro.

Uma das primeiras compras, em 1948, foi realizada por indicação de Pietro Maria Bardi, que então iniciava a formação do acervo do MASP.

No acervo da Fundação, há peças de grande valor histórico como ´Vista de Olinda´ (1650), de Frans Post, uma das primeiras pinturas feitas sobre o Brasil.

O quadro fez parte de uma leva de presentes dados pelo conde Maurício de Nassau, que governou o Brasil holandês entre 1637 e 1644, ao rei francês Luís XIV.

As obras abrangem quase toda a história da civilização ocidental, desde as civilizações grega e etrusca até os grandes mestres europeus, com importantes obras das escolas italiana, francesa, holandesa e flamenga, além de expressivas telas de artistas da Escola de Paris.

As culturas orientais estão presentes por meio das inúmeras peças chinesas e de outras civilizações do sudeste asiático.

A peça mais antiga é uma taça chinesa em bronze do século XIV antes de Cristo, e a mais recente é uma gravura de Renina Katz de 1987.

Entre uma e outra, são quase 3.400 anos de história e de arte

Peças exóticas de arte africana e de arte pré-colombiana completam o conjunto, que conta, ainda, com um núcleo numericamente bastante expressivo de peças de arte decorativa ou aplicada.

A trajetória da arte brasileira também está delineada na coleção, que contém desde peças religiosas e mobiliário do período colonial até obras significativas de grandes expoentes do modernismo.

Vale ainda destacar a coleção de livros raros, que engloba desde manuscritos e iluminuras até exemplares dos primeiros livros impressos (incunábulos), brasiliana e edições de luxo.

Para montar sua biblioteca, com 3 mil volumes, Ema recebeu inicialmente a orientação do bibliófilo José Mindlin.

A construção, com um único pavimento, organiza-se a partir de uma longa galeria semicircular, voltada para a face norte e para o amplo jardim, projetado por Burle Marx, em formato sinuoso e com um deslumbrante lago com carpas, em torno da qual se distribuem todos os outros cômodos.

Detalhe do Jardim da Fundação Cultural Ema Gordon Klabin

Apesar da escala monumental, expressa no pé-direito de quase cinco metros, a residência possui poucos ambientes.

A ala social engloba o vestíbulo e o hall de entrada; o salão e a sala de música anexa; a biblioteca e a sala de jantar.

Na década de 70, sem ter herdeiros diretos e preocupada com o destino de sua coleção, a colecionadora passou a consultar especialistas para auxiliá-la na escolha das instituições aptas a receber coleção.

O incêndio do Museu de Arte Moderna do Rio, MAM (1978), no entanto, fez com que optasse por criar em sua casa um museu aberto à visitação pública.

Rua Portugal, 43, Jardim Europa, São Paulo, Visitação livre sábados e domingos das 14h às 17h
De quarta a domingo com educador – agendar horário – 14h, 15h, 16h e 17h

Fique atento! O horário pode sofrer modificação. Consulte o site oficial da instituição.

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