As igrejas escavadas na rocha de Lalibela constituem um Patrimônio Cultural da Humanidade situado na Etiópia, a 640 km ao norte da capital, Adis Abeba, e a 1.500 m de altitude.
Onze igrejas e um mosteiro, além de vários sepulcros e outros lugares sagrados formam uma cidade labiríntica escavada no subsolo.
Cada um destes templos foi talhado na rocha da montanha, como se fossem esculturas.
No século XII, o rei Lalibela apresentou-se como herdeiro da dinastia salomônica, estirpe dinástica criada por Menelique I, filho do rei Salomão e da rainha de Sabá, e ordenou a escavação de vários templos na rocha vulcânica a muitos metros de profundidade, dando início às construções do local.
Essas igrejas foram construídas através do teto.
Para seus fiéis, de tradição copta, a peregrinação a Lalibela tem o caráter de uma viagem a Jerusalém.
Nessa região montanhosa existem 11 igrejas que foram esculpidas diretamente das rochas e de maneira subterrânea.
A forma com que elas foram construídas é totalmente diferente de qualquer coisa já vista: as estruturas monolíticas foram escavadas a pelo menos 40 metros em baixo da montanha.
Além de estarem mergulhadas na Terra, elas possuem algumas aberturas em formato de cruz, que fazem com que o sol possa penetrar no interior das capelas únicas.
E provavelmente não há nada dentro da instalação.
É possível perceber que a área interna da capela é oca.
Como referência, saiba que a Unesco considera que são 11:
-Bet Medhane Alem (Igreja Casa do Salvador do Mundo)
-Bet Maryam (Igreja de Maria)
-Bet Golgotha & Bet Mikael ou Bet Debre Sina (Igreja do Monte Sinai)
-Bet Meskel (Igreja da Cruz)
-Bet Danaghel (Igreja das Virgens)
-Bet Uraiel
-Bet Amanuel (Igreja de Emanuel)
-Bet Merkorios
-Bet Abba Libanos
-Bet Gabriel-Rufael (Igreja de Gabriel e Rafael)
-Bet Giyorgis (Igreja de São Jorge)
Bet Medhane Alem, por exemplo, já apareceu em livros de recordes por ter sido construída em um único monólito, sendo considerada a maior do tipo.
Existe ainda a Igreja de São Jorge em Lalibela, famosa por seu formato de desenho cruciforme singular.
Todas elas estão no trecho do rio Jordão do país.
Acredita-se que o pensamento sobre construir monumentos religiosos de tamanha grandiosidade não tenha surgido do nada.
Muitos pesquisadores afirmam que o rei teria viajado para Jerusalém em torno do ano 1187 a.C..
Isso aconteceu pouco antes do território ser conquistado pelos muçulmanos que interromperam as peregrinações cristãs.
O governo de Lalibela foi dos anos 1181 até 1221 e seu maior legado provavelmente foram as impressionantes igrejas de pedra submersas.
Elas continuam sendo pontos turísticos e religiosos importantes na região, o que faz com que muitos peregrinem a pé até o local.
O local recebe até 100 mil visitantes a cada ano.
Atualmente, muitas pessoas já não seguem mais o Cristianismo Ortodoxo Etíope, que moldou o pensamento religioso da região por muitos anos e fez com que as igrejas fossem construídas em primeiro lugar.
Ainda assim, elas permanecem como um ponto notável do país, que atrai pesquisas e turistas.
Por isso, os monumentos foram considerados como patrimônios mundiais da UNESCO, logo no começo desse projeto.
Em 1978, elas foram algumas das primeiras construções a serem protegidas pela ONU.
Unnamed Road, Lalibela, Etiópia – África
Recomenda-se agendamento com agência ou guia turístico especializado do local.