O pintor americano Jackson Pollock fala do seu método de produção artística:
“Minha pintura não vem do cavalete.
Dificilmente estendo minha tela antes de pintar.
Prefiro abri-la numa parede ou no chão. Preciso da resistência de uma superfície dura.
Sobre o chão me sinto à vontade.
Sinto-me mais próximo, mais parte da pintura, já que dessa maneira posso caminhar à volta dela, trabalhar dos quatro lados e estar literalmente na pintura.
Esse método assemelha-se ao método dos pintores de areia índios do Oeste.
Continuo a me afastar ainda mais dos instrumentos habituais do pintor, como o cavalete, a paleta, os pincéis, etc
Prefiro bastões, colheres de pedreiro, facas, e espalhar tinta fluida ou um pesado empaste feito de areia, vidro moído e mais outras matérias estranhas.
Quando estou no meu quadro, não tenho consciência do que estou fazendo.
Só depois de uma espécie de período de ‘conhecimento’ é que vejo o que estive fazendo.
Não tenho medo de fazer modificações, de destruir a imagem etc, porque o quadro tem uma vida própria.
Procuro deixar que esse mistério se revele.
Só quando perco contato com o quadro é que o resultado é confuso.
Quando isso não acontece, há uma harmonia pura, um dar e tomar livre, e o quadro sai bom.”
Fragmento de “My Painting”, Possibilities I,Nova York, inverno de 1947/48 página 79.
Respostas de 3
Obrigado pelo conteúdo é muito interessante mesmo gostei de verdade.
Olá, Pamela, agradecemos seu comentário e continue aproveitando nossos artigos. Abraço
Pintura realmente é uma arte que muda vida se percebida com atenção e delicadeza. Obrigado pelo conteúdo.