Jean-Antoine Houdon nasceu em Versalhes, no dia 25 de Março de 1741 foi um escultor de estilo neoclássico francês.
Houdon ficou famoso pelos bustos e estátuas que esculpiu de filósofos, presidentes, inventores e figuras políticas do iluminismo.
Reagindo contra a frivolidade e decorativismo do Rococó, a escultura neoclássica inspirou-se na antiga tradição greco-romana, adotando princípios de ordem, clareza, austeridade, equilíbrio e propósito, com um fundo moralizante.
Ganhou o Prix de Rome em 1761, mas não foi influenciado pela arte antiga ou renascentista de Roma.
Sua estada na cidade foi marcada por duas importantes e características produções: um magnífico Ecorché, um modelo anatômico que ainda hoje serve de guia para todo tipo de artistas, e a estátua de São Bruno de Colônia na basílica de Santa Maria degli Angeli e dei Martiri em Roma.
Depois de dez anos de estadia na Itália, Houdon retorna a Paris.
Jean-Antoine Houdon tem entre suas obras bustos e estátuas de Denis Diderot (1771), Benjamin Franklin (1778-79), Jean-Jacques Rousseau (1778), Voltaire (1781), Molière (1781), George Washington (1785-88), Thomas Jefferson (1789), Louis XVI (1790), Robert Fulton (1803-04) e Napoleão Bonaparte (1806).
A estátua de George Washington resultou de um convite feito por Benjamin Franklin para que Houdon cruzasse o Atlântico e visitasse o palácio Mount Vernon, lá o então general pôde lhe servir de modelo.
Washington posou para modelos de argila e para uma máscara de gesso em 1785.
Esses modelos serviram para várias homenagens a Washington, incluindo a representação dele de pé localizada no capitólio do estado de Virginia em Richmond.
Numerosas variações do busto de Washington foram produzidas, retratando-o como um general em uniforme, da maneira clássica mostrando a musculatura peitoral ou como como o cônsul romano Lúcio Quíncio Cincinato vestindo uma toga.
Uma versão desse último tipo está no edifício sede do estado de Vermont.
Houdon se tornou membro da Academia Real de Pintura e Escultura em 1771, e professor em 1778.
Encarado como burguês pelas suas ligações com a corte de Louis XVI, ele caiu em desfavores durante a Revolução Francesa, apesar de não ter sido preso.
Houdon voltou a ser favorecido durante o Consulado e Império.
Houdon morreu em Paris, 15 de julho de 1828 e foi enterrado no cemitério de Montparnasse.