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Museu Bizantino

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O Museu Bizantino e Cristão, com sede em Atenas, possui um acervo com mais de 25 mil peças, centrado em artefatos religiosos dos períodos primitivos cristãos, bizantinos, medievais, pós-bizantinos e posteriores, principalmente da Grécia, dos Bálcãs e da Ásia Menor. Os artefatos datam entre os séculos 3 e 20, e sua proveniência engloba todo o mundo grego, assim como as regiões nas quais o helenismo floresceu. Quando Stamtis Kleanthis, um notável arquiteto do século 19, realizou a elegante vila patrocinada por Sophie de Marbois-Lebron, esta área de Atenas ainda tinha características campestres, ainda que a mansão de dois andares na margem do rio Ilissos estivesse a uma curta distância do palácio do rei Otto.

Revestido em mármore esculpido, inserido dentro de um jardim bem cuidado e com um amplo pátio emoldurado por construções auxiliares no rés-do-chão, permanece majestoso na sua humildade, mas com uma luz fornecida por uma fileira de sete arcos elegantes ao longo de sua fachada. É uma casa especial que reflete a personalidade única da sua proprietária original, conhecida pelo título de Duquesa de Plaisance.

Após a morte de sua única e querida filha, Eliza, em 1837, Sophie de Marbois decidiu se instalar na Grécia, assim como muitos outros apoiadores da independência grega. Ela construiu essa casa como uma residência de inverno, atraída por um local que lhe oferecia uma vista tanto da baía de Faliro, ao sul, quanto da majestosa colina de Lycabettus, ao norte.

Depois da sua morte, em 1854, a Vila Ilissia ficou sob a posse do estado grego. Durante três anos, serviu como a Academia Militar Evelpidon e depois foi usada por outras autoridades militares. Em 1926, foi escolhida para se tornar o Museu Bizantino e Cristão.

Coleções do Museu

A Coleção de Cópias  inclui mais de 350 cópias de afrescos, mosaicos, ícones, têxteis e esculturas bizantinos e pós-bizantinos. O tamanho, o material, as técnicas de cópia e os motivos da produção desses trabalhos variam. Eles datam das últimas décadas do século 19 até o século 21. A coleção de cópias, que oferece acesso a obras bizantinas perdidas, ao mesmo tempo que reflete a produção artística de uma era inteira.

A Coleção de Esculturas possui cerca de 2.000 obras arquitetônicas e decorativas, a maioria de mármore, cobrindo o período a partir do século 3 até o final do século 18. A maioria volta aos tempos primitivos cristãos e meados dos bizantinos e vem dos monumentos cristãos atenienses.

Coleção da Fundação I e D. Passa que consiste em obras de arte do Sudeste Asiático e do Extremo Oriente.

A Coleção de Cerâmica inclui cerca de 3.000 objetos que datam dos primeiros séculos cristãos até o período pós-bizantino. Embora a maior parte do material consista em conchas (porções de cerâmica quebrada) de origem frequentemente desconhecida, há vasos intactos, utensílios de uso diário na maior parte.

A Coleção Loverd possui manuscritos, tiras de madeira, vestuário eclesiástico, trabalhos em metal, ícones portáteis pós-bizantinos. Em 1979, aproximadamente 660 objetos de arte eclesiástica (séculos 15 a 19) foram entregues ao Museu para a preservação e guarda da coleção do coletor Kefallonite Dionysios P. Loverdos (1878-1934).

Coleção em Miniatura apresenta moedas dos imperadores bizantinos do século 4 ao 14, relíquias, lamparinas, joias selos e peregrinações (bênçãos).

A Coleção de Arte Moderna e Contemporânea foi criada em 2012, apresenta pinturas, escultura, arte em miniatura, gravura, fotografias, tecidos e instalações do século 20 até o presente. A maioria dos trabalhos são doações de artistas contemporâneos que foram apresentados nas instalações do museu. Os trabalhos da coleção iluminam vários aspectos do diálogo entre a nova criação artística e a tradição bizantina e pós-bizantina.

A Coleção de Pinturas possui pinturas a óleo ou têmpera, na sua maioria religiosas, ícones de iconografia e estilo bizantino e ocidental e representações das peregrinações sagradas da Terra Santa (século 18-19).

Além das descritas acima, podemos encontrar coleções que abrigam mosaicos, murais, tecidos, ícones, manuscritos, gravuras e desenhos.

Jardins do Museu

Os jardins do Museu Bizantino são um oásis no coração da cidade, onde os visitantes podem fazer uma viagem imaginária através da história e da arte. Há muitos lugares para se sentar sob as árvores frutíferas, cercadas por ervas aromáticas e fontes. Três pequenas exposições temáticas de interesse histórico e arqueológico são apresentadas nos jardins: Cisterna, sobre como Atenas foi abastecida com água desde a antiguidade até o presente; Paraíso, sobre o conceito bizantino do Paraíso na vida e na vida após a morte; e Rio Ilissos, sobre o desenvolvimento da paisagem fluvial nas margens desse rio desde a antiguidade até os tempos modernos.

Os visitantes podem realizar um tour permanente, cerca de duas horas, e observar os  últimos 18 séculos da arte e história grega. O período de civilização conhecido como Bizantino, que  determinou o curso do Império Romano oriental e, mais importante ainda, sua transformação no Império Ortodoxo de Bizâncio, com sua capital em Constantinopla.

Museu Bizantino. Avenida Vasillissis Sofias, 22, Atenas, Grécia. Aberto de terça a domingo, das 9h às 16h. Fechado às segundas.

Fique atento! Horários podem mudar sem aviso prévio. Consulte sempre os sites oficiais.

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