O Museu Nacional de Belas Artes – MNBA, criado durante o governo do presidente Getúlio Vargas, é uma das instituições museológicas mais importantes do país dedicada à conservação, divulgação e aquisição de obras representativas da produção artística brasileira – séculos XIX e XX – em seu diálogo com as obras e a tradição artística das escolas estrangeiras.
O acervo do MNBA originou-se das coleções que pertenciam a Escola Nacional de Belas Artes – Enba que ocupava o prédio junto com o museu até 1975.
Hoje, seu acervo é constituído por mais de 70 mil itens representativos de vários períodos da história da arte e da contemporaneidade.
O prédio ocupado hoje pelo MNBA foi construído, entre os anos de 1906 e 1908, para sediar a antiga Escola Nacional de Belas Artes – Enba e sua pinacoteca na Avenida Central, símbolo maior da reforma urbana realizada pelo prefeito Pereira Passos no início do século XX.
Com projeto de Adolfo Morales de los Rios, o prédio eclético ocupa toda uma quadra por meio de quatro alas distribuídas em torno de um pátio central.
A fachada principal segue o modelo de uma das alas do Museu do Louvre, projeto de Hector-Martin Lefuel (1810 – 1880), arquiteto historicista a serviço de Napoleão III.
Apresenta frontões, colunatas e relevos em terracota representando as grandes civilizações da antiguidade, além de medalhões pintados por Henrique Bernardelli com retratos dos integrantes da “Missão Francesa” e outros artistas brasileiros.
Já as fachadas laterais trazem mosaicos, de autoria do francês Félix Gaubin, com retratos de personalidades célebres no mundo das Artes: Vitrúvio (século I a.C.), arquiteto e engenheiro romano, autor da obra “De Architectura”, Leonardo Da Vinci (1452-1519) e Giorgio Vasari (1511 – 1574), pintor e arquiteto, famoso por suas biografias de artistas italianos, dentre outros.
A fachada posterior apresenta baixos-relevos ornamentais em terracota, autoria de Edward Cadwell Spruce (1849-1923). Na decoração interna foram usados materiais nobres como mármores, mosaicos, estuques, cristais, cerâmicos franceses e estatuários.
O prédio foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Artístico Nacional-IPHAN em 24 de maio de 1973.
O Museu Nacional de Belas Artes é uma instituição pública Federal, vinculada ao Instituto Brasileiro de Museus – IBRAM/minC. O MNBA.
Foi criado por iniciativa de Gustavo Capanema, ministro da Educação do governo Vargas, em 13 de janeiro de 1937, sendo inaugurado em 19 de agosto de 1938.
Em razão da formação inicial de seu acervo, o MNBA tem profunda ligação com a história dos cursos de Artes criado no Brasil, desde a época da fundação da Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios, por D. João VI, em 12 de agosto de 1816, funcionando em um prédio próprio construído por Grandjean de Montigny, um dos integrantes da chamada “Missão Francesa” e professor da escola.
Em 1826, a instituição passou a ser chamada de Academia Imperial de Belas Artes, formando uma significativa pinacoteca e uma gliptoteca.
Com o advento da República, em 15 de novembro de 1889, a academia foi rebatizada como Escola Nacional de Belas Artes – Enba, permanecendo no mesmo edifício até a construção de sua nova sede na antiga Avenida Central, atual Avenida Rio Branco.
Com a inauguração do museu, em 1908, procedeu-se à transferência das coleções e de algumas instalações para a nova sede.
O acervo da pinacoteca foi instalado no terceiro pavimento, a coleção de cópias de estatuária clássica usada para estudo encontrou espaços no segundo piso, com uma museografia especialmente concebida para dar-lhes destaque, e os atelies das aulas práticas e a administração da escola ficaram no quarto andar.
Em 1931 a Escola Nacional de Belas Artes – Enba foi incorporada à Universidade do Rio de Janeiro e, posteriormente à Universidade do Brasil, encerrando sua história como instituição independente.
Entre as décadas de 1950 e 1970 alguns cursos foram sendo transferidos para outros locais.
Em 1965, a escola mudava novamente de nome, o qual traz até hoje: Escola de Belas Artes – EBA, integrando os quadros da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ.
Em 1975, as aulas que ainda funcionavam no prédio do museu foram transferidas para uma sede na Ilha do Fundão, projetada por Jorge Moreira em arquitetura moderna, lá permanecendo até hoje.
Na transferência, o acervo que antes era comum a ambas as instituições – museu e escola – foi dividido.
A maior parte da coleção artística permaneceu no Museu Nacional de Belas Artes, mas outra parte, principalmente de documentos e de obras de arte didáticas ou produzidas em atividades pedagógicas, e a Coleção Jeronymo Ferreira das Neves, doada à Escola de Belas Artes em 1947, seguiram com ela, passando a constituir o Museu Dom João VI.
O museu conta com mais de 6.733,84 m² de áreas de exposição e 1.797,32 m² de reservas técnicas.
O Departamento de Conservação e Restauração compreende os Laboratórios de Conservação e Restauração de Pintura e Papel, as Reservas Técnicas e a Laboratório de Escultura e Moldura.
O MNBA promove diversas atividades voltadas à educacional em Arte e Patrimônio Cultural como visitas guiadas às galerias de Arte Brasileira do Século XIX e de Arte Brasileira Moderna e Contemporânea; atividades de interação e criatividade a partir de obras selecionadas do acervo e cursos de História da Arte.
Av. Rio Branco, 199 – Centro, Rio de Janeiro – RJ, 20040-008 3299-0600
Horário: Terça a sexta-feira das 10 às 18hs; Sábados, domingos e feriados das 12 às 17 horas.
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