Robert Delaunay desenvolvera em Paris um estilo não-objetivo que Apollinaire chamou de Orfismo.
Durante 1912 e 1913 ele pintou quadros tão completamente independente dos contrastes de cores e harmonias que produziram um dinamismo de cor que se tornou o seu único motivo. “A cor é, por si só, forma e motivo”, declarou ele.
Em seu trabalho, contou com o apoio de teorias anteriores que consideravam a ação dos contrastes das cores como efeitos dinâmicos em si mesmos. Paul Signac estava convencido de que os efeitos das cores podiam ser controlados e dirigido para os resultados desejados pelo processo intelectual de análise de seus aspectos isolados: a cor dos objetos, a cor da luz que incide sobre eles e a cor de seus reflexos.
As teorias desse dois homens demoliram as associações românticas e metafísicas que, durante o século 19, haviam sido atribuídas às cores, substituindo-as por explicações racionais e científicas sobre as suas características reais. Podia-se, assim, pensar nas cores em termos objetivos, como elementos “puros”, acima da influência dos objetos físicos e sem associações de natureza sentimental.