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Paestum – uma Cidade Grega no sul da Itália

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Uma das grandes surpresas ao viajar para o sul da Itália foi visitar Paestum, uma cidade com a arquitetura da antiga Grécia em plena região da Campanha italiana e com uma preservação maior do que muitos sítios arqueológico no território grego.

Para entender melhor um pouco da sua história:

A cidade foi fundada no fim do século VII a.C. por colonos de Síbaris, e foi originalmente chamada de Posidônia, porque foi dedicada a Poseidon (o Netuno dos romanos) deus do mar.

Continuou a prosperar durante o Império Romano, recebendo privilégios especiais.

A partir do século IV d.C. começou a declinar e foi abandonada na Idade Média.

Provavelmente a causa foi o encobrimento da foz do rio que escorreu para planície, consequência do desmatamento das montanhas vizinhas, o que agravou as condições de insalubridade do território, trazendo doenças e males que fizeram a população, aos poucos, abandonar a cidade.

Foi o pântano e o matagal que salvaram esta famosa planície, preservando-a da destruição e falta de investimentos por muitos séculos.

Só foi redescoberta no século XVIII, em torno de 1752, por um acaso, pela construção de uma estrada moderna que partiu em dois a antiga cidade.

Sua importância está nas ruínas que preservou parte da história em um espetacular sítio arqueológico:

– Templo dedicado a Hera – o templo mais antigo de Paestum, construída em 550 a.C. e chamada de Basílica no século XVIII por um erro ao usar o termo que os romanos usavam para um edifício com a finalidade civil e não religiosa como foi criado.

– Templo de Poseidon construído em torno de 450 a.C., portanto contemporâneo ao Parthenon de Atenas.

– O muro da Cidade – com cerca de 5 quilômetros com altura de 15 metros e com espessuras variadas, internamente possuía um fosso e com torres de observação.

– A Via Sacra – passa pela área dos templos, a estrada teve o traçado feito pelos gregos, mas pelas características foi pavimentada pelos romanos.

– Foro – Percorrendo a Via Sacra chega-se ao Foro, grande praça, circundada de pórticos, monumento e edifico de grande importância para a vida publica e comercial da cidade..

– Templo Itálico – edifício da época romana, de 200 a.C. este é um pequeno templo romano e se diferencia do templo grego porque está na posição Norte Sul e pela entrada somente por uma porta. Deve ter sido dedicado a três deuses: Júpiter, Juno e Minerva.

– Teatro Grego – construído em forma circular e depois cortado na época romana, ficando em forma de arco.

– Anfiteatro – atualmente a estrada moderna o corta em dois, de origem romana era destinado sobretudo a luta dos gladiadores com feras. De forma oval.

– Ginásio – localizado no lado norte do Foro, tinha uma grande piscina no centro, usada para treinar atletas nadadores. Tem uma estranha construção e pilastras ocupam parte da piscina para o treino de nado submerso. Algumas vezes era usado como palco, com um tablado de madeira por cima.

– Templo de Ceres – pela sua construção e característica foi construído em homenagem a Atenas (que os romanos chamavam de Minerva). Construída em torno de 500 a.C.

– Ruínas de termas particulares e publicas, comércio e casas podem ser apreciados e imaginar o sistema de vida da antiguidade.

Foram encontrados também, uma quantidade de objetos de arte e de uso diário, além de alguns dos, extremamente raros, exemplares de pintura da Grécia Antiga.

No Museu Arqueológico de Paestum, que fica em frente ao Anfiteatro, separados somente pela estrada moderna, encontram-se as cerâmicas antigas e os túmulos gregos.

No museu que foi construído em estilo arquitetônico fascista (ou racionalismo italiano) tem também no seu acervo maravilhosos túmulos que foram encontrados em escavações realizadas em 1968, quando foi descoberta uma enorme acrópole.

Merece destaque a sala onde encontra-se a Tomba del Tuffatore (Tumba do Mergulhador). A data estimada seja do ano 480 a.C. e foi encontrado intacto. Ele era pintado com afrescos que mostravam um “simpósio grego”.

Segundo a Wikipédia: “Cinco ‘simposiastas’ estão sendo mostrados, reclinados em poltronas, da esquerda para a direita; o primeiro está chamando o ‘simposiarca’ para encher seu copo, o segundo está tocando o ‘kottabos’, o terceiro está chamando outros indivíduos.

A maior parte do sítio ainda não foi escavada. Foi declarado Patrimônio Mundial pela UNESCO.

O que vemos hoje em Paestum é somente uma pequena parte de uma antiga colônia, e em cidades dos arredores também é possível ver outras acrópoles, necrópoles e ruínas romanas.

Sem duvida uma boa surpresa e um excelente aprendizado de época e da arquitetura tanto na sua estrutura, como no uso e costumes de uma época clássica da antiguidade.

 

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