Palácio de Versalhes – Os franceses chamam o palácio de Château de Versailles, que, em uma tradução literal, significa Castelo de Versalhes. No entanto, é importante esclarecer que, na França do período da Renascença, a palavra “château” era utilizada para referir-se a palácios que se localizavam nas zonas rurais. Para os palácios construídos nos centros urbanos, a palavra usada era “palais”.
É um castelo real localizado na cidade de Versalhes, uma aldeia rural na época de sua construção, mas atualmente um subúrbio de Paris.
A primeira menção à aldeia de Versalhes encontra-se num documento datado de 1038, a “Charte de l’abbaye Saint-Père de Chartres” (Carta de Direitos da Abadia de Saint-Père de Chartres).
Entre os signatários da Carta encontra-se um Hugo de Versalhes, a partir do nome da aldeia.
Durante este período, a aldeia de Versalhes, centrada num pequeno castelo e igreja, e a área envolvente eram controladas por um senhor local.
A localização da aldeia, na estrada de Paris para Dreux e para a Normandia, trouxe-lhe alguma prosperidade, mas devido à Peste negra e à Guerra dos Cem Anos, esta seria largamente destruída e sua população severamente diminuída.
Em 1575, Albert de Gondi, um florentino, comprou o senhorio.
Gondi havia chegado a França com Catarina de Medici e a sua família tornou-se influente na Assembleia dos Estados Gerais francesa.
Nas primeiras décadas do século XVII, Gondi convidou Luís XIII para várias caçadas na floresta de Versalhes.
Em 1624, depois desta introdução inicial à área, Luís XIII ordenou a construção de um castelo de caça.
Desenhada por Philibert Le Roy, a estrutura foi construída em pedra e tijolo encarnado com um telhado de ardósia.
Oito anos depois, em 1632, Luís XIII conseguiu a escritura e posse de Versalhes a partir da família Romonov, e começou a fazer ampliações ao palácio.
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Desde 1682, quando Luís XIV se mudou de Paris, até a família real ser forçada a voltar à capital em 1789, a Corte de Versalhes foi o centro do poder do Antigo Regime na França.
Em 1660, de acordo com os poderes reais dos conselheiros que governaram a França durante a menoridade de Luís XIV, foi procurado um local próximo de Paris mas suficientemente afastado dos tumultos e doenças da cidade apinhada.
Paris crescera nas desordens da guerra civil entre as facções rivais de aristocratas, chamada de Fronde.
O monarca queria um local onde pudesse organizar e controlar completamente um Governo da França por um governante absoluto.
Resolveu assentar no pavilhão de caça de Versalhes, e ao longo das décadas seguintes expandiu-o até torná-lo no maior palácio do mundo.
Versalhes é famoso não só pelo edifício, mas como símbolo da Monarquia absoluta, a qual Luís XIV sustentou.
Em 1833, o Palácio de Versalhes foi transformado, por ordem do rei Luís Filipe I, em museu dedicado a “todas as glórias da história da França”.
Oficialmente como museu, tornou-se local de exposição de artigos da história francesa que vão desde o período medieval até o século XIX.
Apesar disso, continuou sendo explorado como local de realização de eventos importantes do governo francês.
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Durante a Comuna de Paris, no começo de 1871, o Palácio de Versalhes recebeu os parlamentares franceses que haviam fugido de Paris.
Poucos meses depois, recebeu as delegações da França e da Prússia, que assinaram, na Galeria dos Espelhos, um acordo que colocou fim à Guerra Franco-Prussiana.
No século XX, após o fim da Primeira Guerra Mundial, a Galeria dos Espelhos recebeu delegações diplomáticas que realizaram a assinatura do Tratado de Versalhes.
Curiosidades sobre o Palácio de Versalhes
O Palácio de Versalhes é gigantesco, tanto o palácio em si quanto seus jardins.
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Todo o complexo do palácio, incluindo os jardins, possui cerca de 67 mil metros quadrados.
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Possui cerca de 60 mil peças relativas à história francesa.
Possui cerca de 700 quartos, 2 mil janelas, 67 escadas e mais de mil lareiras.
Além das informações a respeito da estrutura física do palácio, podem também ser levantadas outras curiosidades, como:
A Galeria dos Espelhos foi construída entre 1678 e 1684 e possui, no total, 357 espelhos.
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No Palácio de Versalhes, também foi assinado o Tratado de Paris em 1783, por meio do qual os ingleses reconheceram a independência dos Estados Unidos.
Durante a Revolução Francesa, o Palácio de Versalhes foi invadido, e o rei Luís XVI e sua esposa, Maria Antonieta, foram obrigados a mudar-se para Paris.
Na Galeria das Batalhas, encontram-se 33 pinturas que narram a história francesa, desde Clóvis até Napoleão Bonaparte.
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Na Galeria das Batalhas, também são encontrados 80 bustos de grandes oficiais franceses que foram mortos em batalha.
Em 1999, uma grande tempestade com ventos acima de 200 km/h atingiu o palácio e fez com que 10 mil das 200 mil árvores do palácio fossem danificadas.
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É um dos pontos turísticos mais visitados de França, recebe em média oito milhões de turistas por ano.
Palácio de Versalhes. Place d’Armes, 78000 – Versailles – França. O castelo está aberto todos os dias, exceto segunda-feira. O castelo abre às 9h às 18h30; o Domaine de Trianon, das 12h às 20h30; os Jardins, das 8h às 20h30; o Parque, das 7h às 10h30.
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