Tanto quanto as telas, as casas onde viveram grandes artistas revelam detalhes do cotidiano e da personalidade de cada um, inclusive elas podem ser visitadas.
Rembrandt
A casa número 4 da Rua Jodenbreestraat em Amsterdã, nessa primeira imagem, é o local onde o pintor Rembrandt morou e trabalhou entre 1639 e 1658. Apesar da fachada renovada, a construção data de 1606. O local funciona como museu desde 1911, sendo dono do maior acervo dedicado ao artista. Com o passar dos anos, graças a doações e compras, o número de obras ali expostas tem crescido bastante.
A coleção de gravuras é a mais considerável, além dos desenhos de cenas bíblicas, paisagens e autorretratos.
Alguns cômodos mantém parte da mobília original e, já nos anos 1990, o local foi ampliado, passando a contar com biblioteca, duas galerias de exposição e um centro de informações.
Picasso
Foi em tal lugar de paisagem inspiradora, pertinho de Aix-en-Provance, que o mestre criou obras como o retrato de Jacqueline de Vauvenargues. Seu carinho pelo local era tanto que o casal está enterrado alí, logo na entrada do castelo.
Foi a aproximação com Cézanne que fez Picasso comprar, em 1958, o castelo de Vauvenargues, aos pés da montanha Santa Victoria, à qual seu amigo dedicou quase 80 de suas telas. A construção, então, serviu de lar para o pintor e sua última esposa Jacqueline, entre fevereiro de 1959 e junho 1961.
Frida Kahlo
Localizada em Coyoacán, distrito da Cidade do México, a casa onde Frida Kahlo nasceu, em 1907, e morreu, em 1954, funciona como museu desde 1958. Mais conhecido como Casa Azul, não conta com uma coleção expressiva de obras da artista, mas é destino certo para quem tem interesse em sua vida.
Em 2007, ano do centenário de nascimento da artista, 30 novas caixas que haviam sido guardadas pelo pintor Diego Rivera, marido de Frida, passaram a enriquecer ainda mais o acervo do local, com documentos e fotos.Quem visita o local pode percorrer os cômodos que conservam a mobília e objetos de uso pessoal de Frida, além do agradável jardim. No quarto, está a cama onde a pintora descansava, bem como o espelho que, instalado no teto, era usado por ela para fazer seus autorretratos.
Monet
A casa de Monet fica a 70 quilômetros de Paris – 50 minutos de trem – no simpático vilarejo de Giverny.
De 1883 até sua morte, em 1926, a residência de dois andares foi lar do pintor. Há um esforço para manter cada espaço com a sua estrutura original – destaque para a cozinha equipada com o que havia de mais moderno na época. A Foundation Monet que cuida da conservação e exposição da casa e jardins.O jardim que serviu de inspiração para várias de suas pinturas é praticamente uma obra-prima natural: apaixonado por jardinagem e pelas cores, o pintor projetou o espaço à sua maneira e, até hoje, ele é assim mantido, com rosas, peônias, narcisos e outras flores.
Salvador Dalí
Atraído pela paisagem, luz e isolamento do local, Salvador Dalí decidiu viver em Portlligat, Catalunha, em 1930. Pulou de casa em casa enquanto construía a sua – que levou quase 40 anos para ficar pronta -, onde viveu até 1982, quando morreu sua amada Gala.
O lugar, com estrutura de labirinto, exibe tapetes, móveis, objetos pessoais e janelas – cada cômodo com uma em formato e proporções diferentes – que remetem aos trabalhos do artista.
Na visita, percorre-se áreas que representam a vida mais íntima do casal, o estúdio de trabalho de Dalí e a parte externa da casa.
Portinari
A casa onde o pintor Cândido Portinari passou a infância e quase toda a sua juventude foi transformada em museu em 1970. Localizada em Brodowski, no interior de São Paulo, é bem simples, fazendo referência a origem humilde do artista, filho de imigrantes vindos da Itália.
Visitantes podem conhecer a casa principal, obras e documentos. A Capela Nonna, construída pelo próprio pintor para que sua avó tivesse um lugar para rezar, exibe murais, onde Portinari retratou os santos favoritos dela.