Díptico Wilton

Díptico Wilton
   

O pequeno altar dobrável representa Ricardo II, rei da Inglaterra de 1377 a 1399, sem barba e ainda jovem, apresentando à Virgem com o Menino – rodeada por um cortejo de anjos – por São João Batista e por dois santos ingleses, Edmundo e Eduardo, o Confessor.

O soberano e os anjos usam colares de sementes de giesta (símbolo da família dos Plantagenetas, à qual pertencia Ricardo). O emblema do veado branco exibido sobre as vestes, o brasão do rei, indica o apoio da proteção divina à casa inglesa.

O restauro a que foi sujeito, em 1992, trouxe à luz, sobre a pequena esfera que remata a haste do estandarte, a imagem de uma pequena ilha verde com um castelo branco, representação do reino da Inglaterra oferecido ao Cristo bendito.

O mestre anônimo, provavelmente francês ou educado na França, conserva a herança da pintura sienense e aproxima-se do estilo de miniaturistas, como Beauneveau e do gosto international da Corte.

A harmonia rítmica, delicadamente musical, a coloração iridescente e refinada, a procura dos detalhes colocam o díptico de Wilton House entre as obras capitais da cultura pictórica que antecedeu os irmãos Van Eyck.

Díptico Wilton, Escola Francesa,1395-1399, têmpera de ovo sobre madeira de carvalho, 57 x 39 cm (cada um dos painéis), National Gallery, Londres.

Agora que você sabe mais detalhes sobre o Díptico de Wilton, experimente fazer uma releitura dele ou criar cenas que representem assuntos religiosos e mundanos que se convergem, usando o material colorido que você mais gostar.

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