Galeria da Academia de Florença

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Galeria da Academia de Florença
   

Foi fundada em 1794 pelo Grão-Duque Pietro Leopoldo para servir como local de estudo para os estudantes da Academia de Belas Artes ali próxima (Accademia di Belle Arti), a primeira academia de desenho da Europa, a Galeria da Academia (Galleria dell’Accademia) em Florença tem em sua posse algumas das mais belas obras de Michelangelo.

A sua obra mais famosa mora na Galeria. A obra prima David (1501), símbolo de Florença perante o mundo e obra de gênio da renascença foi deslocada para a Galeria da Academia em 1873 para o proteger das condições meteorológicas adversas.

Davi de Michelangelo na Tribuna de Davi na Galeria da Academia

Com a sua beleza e força, o David representa o poder e a liberdade da República Florentina, encarnados pelo Palazzo Vecchio na frente do qual a estátua foi originalmente colocada, neste espaço agora tem uma réplica em tamanho menor.

Para além da belíssima escultura de David, a Galeria da Academia apresenta ainda as famosas esculturas de Michelangelo conhecidas como Prisioneiros (Prigioni) colocada originalmente nos Jardins Boboli (Giardini di Boboli), próximos do Palácio Pitti, o S. Mateus e a Pietá Palestrina.

A Galeria da Academia foi especialmente concebida para deter obras de arte de grande valor e a sua espetacular arquitetura é testemunha disso mesmo.

Entrada da Galeria da Academia

Entre as muitas obras de arte presentes na Galeria da Academia lá se encontram “O rapto das Sabinas” de Giambologna, a “Madonna e filho” e “Madonna do Mar” de Botticelli e ainda alguns quadros de Perugino, Filippino Lippi, Pontormo e Bronzino.

O Museu da Academia apresenta igualmente uma esplêndida coleção de quadros sob fundo dourado de mestres florentinos do período compreendido entre os séculos treze e dezesseis.

A coleção de ícones russos pertencia à família Lorena e a coleção de quadros pertencia ao Grão-Duque Leopoldo.

As salas da Galeria da Academia

Tribuna do David, tendo como peça central o célebre David de Michelangelo, além de diversas pinturas de autores, como AlessandroAllori, Bronzino e Salviati.

Sala do Colosso, cujo nome deriva de uma grande escultura representando um dos Dióscuros que ali era exposta, mas que hoje não se encontra mais neste espaço.
Em seu lugar foi instalado o modelo em gesso do Rapto da Sabina, de Giambologna, uma das obras máximas do Maneirismo.
Completa a sala uma reunião de pinturas com temas religiosos do início do Cinquecento, destacando-se uma peça de altar removida da igreja Santissima Annunziata mostrando a Deposição de Cristo, obra de Filippino Lippi completada por Perugino após a morte do primeiro.

Sala do Colosso – No centro O Rapto das Sabinas de Giambologna -Galeria da Academia

Sala dos Cativos, assim denominada em função dos quatro famosos Escravos de Michelangelo, idealizados originalmente para o túmulo do Papa Júlio II. Incompletas, não foram usadas no túmulo, e passaram a decorar nos Jardins de Boboli do Palácio Pitti, onde ficaram até 1909.
Também aqui são exposta duas outras esculturas: um São Mateus e uma Pietà proveniente de Palestrina, cuja atribuição desta é, não obstante, duvidosa.

Sala dos Cativos – Galeria da Academia

Nas paredes se alinham obras de alguns pintores estreitamente ligados a Michelangelo, como Granacci e Ridolfo del Ghirlandaio.

Sala dos Orcagna, homenageando três pintores irmãos com este apelido que estiveram ativos em Florença entre 1335 e fins do século XIV: Andrea di Cione, Nardo di Cione e Jacopo di Cione.
De todos o mais importante foi Andrea, apelidado de Orcagna, ou Arcanjo, apelido que depois passou aos seus irmãos.
Alguns outros mestres a eles associados também têm peças aqui, como Niccolò di Tommaso e Matteo di Pacino.

Sala do Gótico Internacional, dedicada à primeira metade do século XV em Florença, período em que o estilo gótico italiano recebeu influência de países trans-alpinos e da Espanha, tornando-se mais rico em detalhes e mais fantasioso.
Estão presentes peças de Gherardo Starnina, Giovanni Toscani, Bici di Lorenzo e outros mestres anônimos.

Sala de Lorenzo Monaco, dedicada a este mestre que foi ativo entre os séculos XIV e XV, com obras como o Cristo no Jardim das Oliveiras e o políptico da Anunciação, junto com uma coleção de ícones russos que pertenceu à família Habsburgo-Lorena e obras de Agnolo Gadi.

Sala do tardo Trecento, com obras de grandes dimensões incluindo peças de altar e polípticos em suas ricas molduras originais.
Alguns dos artistas representados são Giovanni del Biondo, Mariotto di Nardo, Rossello di Jacopo Franchi, Ceni di Francesco, Giovanni dal Ponte e Spinello Aretino.

Sala de Giovanni da Milano, destacando uma obra-prima de Giovanni da Milano, um Cristo ladeado pela Virgem Maria e São João Evangelista, proveniente do Convento de São Jerônimo alla Costa. Também aqui são exibidas obras de artistas da mesma época: Giottino, Andrea Buonaiuti e Don Silvestro dei Gherarducci, além de outros anônimos.

Salão do Ottocento, originalmente era a ala das mulheres do antigo Hospital de São Mateus, cujo aspecto primitivo foi documentado por Pontormo em um pequeno painel exposto nesta sala.
Atualmente serve como espaço de exposição de obras de artistas do século XIX que mantiveram estreitos laços com a Academia, primando os escultores Lorenzo Bartolini e Luigi Pampaloni, ambos com grande número de peças, e alguns itens de artistas que participaram de concursos promovidos pela Academia entre 1794 e 1868, como Francesco Pozzi, Luigi Mussini e Francesco Sabatelli.

Sala dos Giottescos, dedicada a alguns pintores florentinos da escola de Giotto, como Bernardo Daddi, Jacopo del Casentino e Taddeo Gaddi. Faz parte da coleção desta sala uma série de obras sacras de pequenas dimensões, portáteis, que eram levadas por devotos em suas viagens.

Sala do Duecento e do primeiro Trecento, compreendendo a seção das pinturas mais antigas da Galeria da Academia, datando do séculos XIII-XIV, originárias em sua maioria de igrejas e conventos florentinos, com exemplares de todos os gêneros mais comuns na época: a cruz pintada, o ícone da Virgem, e cenas da vida de santos. Destaca-se nesta sala uma grande pintura de Pacino di Buonaguida representando a Árvore da Vida.

Museu de Instrumentos Musicais, recentemente adquirido e que abriga um violino Stradivarius bem como o mais antigo piano vertical preservado.

Galeria da Academia (Galleria dell’Accademia). Via Ricasoli, 58, Florença, Itália. Aberto de terça a domingo, das 8h15 às 18h50.

Fique atento O horário pode ser modificado Consulte o site oficial da instituição 

 

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