Procurando um artista alemão para trabalhar com os alunos do 4º ano do EF I, pesquisei artistas importantes e me deparei com Georg Baselitz, artista controvertido de opiniões fortes e que utilizou na parte da sua obra uma forma pouco usual de retratar as pessoas.
Nascido como Georg Kern, em 23 de janeiro de 1938 em Deutschbaselitz, no estado alemão da Saxônia, o pintor Georg Baselitz chegou aos 76 anos com um estilo diferente do que o caracterizara desde o final dos anos de 1960. Viveu sua infância numa guerra e a sua adolescência num regime cujo estilo artístico era caracterizado pelo Realismo Socialista.
Para escapar do Conceitualismo, começou a pintar seus quadros de cabeça para baixo, sua marca registrada. Tornou-se também, uma espécie de obsessão do mercado de arte, ao qual muitas vezes o pintor tentou agradar: “Qual o problema em ter sucesso?”, afirma o artista.
Conhecido como um provocador desde que foi expulso da Academia de Belas Artes da antiga Berlim Oriental, Georg Baselitz se renova com uma nova provocação através do resgate pictórico de antigos quadros.
Ao emigrar para a antiga Berlim Ocidental, em 1958, Georg Kern passou a utilizar o pseudônimo Georg Baselitz, em alusão à sua cidade natal, na antiga Alemanha Oriental, da qual o pintor emigrara três anos antes da construção do Muro.
Tornei o artista conhecido dos alunos pela sua biografia e algumas imagens da sua obra.
Depois de vários rascunhos, os alunos entenderam que a imagem correta era de cabeça para baixo, o que trouxe uma novidade na forma de expressão deles. Expliquei também para eles que ao observar uma figura de cabeça para baixo e desenhar o que se vê ativa o lado direito do cérebro, o mais criativo.
Na arte final procurei que utilizassem as cores como o artista havia feito, usaram papel de gramatura mais grossa e tinta guache. O resultado foi surpreendente pela proposta e pelo envolvimento dos alunos, que compreenderam que o artista mostrou a situação politica do seu país simbolizada na sua pintura.