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A Trança, Renoir

Lápis de Cor, Faber-Castell, EcoLápis Supersoft, 50 Cores, Multicolorido

A modelo Suzanne Valadon, que já havia aparecido em outras obras de Renoir, posou para esta obra. Nela, apresenta-se uma moça recolhendo o cabelo em uma trança, em uma atitude de total concentração. Trata-se de um quadro de composição clássica, que nos remete às obras de Ingres. Este artista fora, para os pintores franceses de meados do século 19, o expoente do classicismo mais rígido, porque havia se oposto energicamente na Academia, à expressão do temperamento pessoal, ao realismo e ao colorido pelo qual propugnavam seus contemporâneos românticos, como Delacroix.

Ingres continuou significando para os pintores impressionistas um obstáculo para a evolução da arte, como meio de expressão livre e individual, que se reafirmava a melhor maneira através da cor, liberando-a das ataduras e da prisão do desenho. No entanto, Renoir sempre desfrutou das obras de Ingres e de sua qualidade no desenho.

A moça protagonista do quadro já não é uma jovem real, contemporânea e cheia de vida. Tampouco nos transmite algo de sua própria personalidade e de sua vida.

Neste momento de sua carreira, Renoir já não busca mostrar-nos uma jovem parisiense concentrada em alguma tarefa habitual ou em uma experiência nova, nem lhe interessa o caráter que a jovem possui. Ele se preocupa, unicamente, da figura física que tem diante, de modelar seu volume com uma linha de desenho sintética e depurada, utilizando uma cor sóbria e suave que não expressa alteração nem paixão alguma. Não percebemos nenhum sentimento, nem no rosto da moça, nem no rastro do pincel.

Seus interesses estavam centrados no desenho e na representação plástica. Seu desejo era voltar a fazer apreensíveis e sólidos, os objetos e figuras que haviam sido dissolvidas, na etapa impressionista, sob a luz e a cor.

Com obras como esta, Renoir pretende redescobrir sua arte e o faz de forma torpe e enternecedora, deixando um pouco de lado o convencionalismo das proporções exatas do corpo humano, da mesma forma que Ingres as sacrificara em proveito de umas linhas com as que conseguir umas formas puras e suavemente onduladas, com as que plasmar um ideal idilicamente belo e eterno, mais além da realidade.

A Trança, Pierre-Auguste Renoir, 1884-1886, óleo sobre tela, 56 x 47 cm, Museu Langmatt, Baden , Suíça.

pincelAgora que você sabe mais detalhes sobre essa obra de Renoir, experimente desenvolver sua releitura sobre o tema, inspire-se nas cores do Impressionismo e retrate alguém da sua família fazendo uma atividade do cotidiano, usando o material colorido que você mais gostar.

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