No cotidiano dos adolescentes a fotografia é utilizada indiscriminadamente, seja para registrar momentos, pessoas com quem convivem, lugares que visitam, entre tantos outros motivos. As imagens são feitas espontaneamente sem nenhum critério estético ou artístico.
Como arte educadora pensei em como utilizar um recurso visual tão corriqueiro para essa geração. Lancei a proposta: fotografar a interpretação deles (alunos) sobre várias obras de alguns artistas cujos movimentos artísticos pesquisamos durante as aulas.
Dentro das instruções estavam: todos os componentes do grupo precisavam estar na imagem, o cenário e o figurino deveriam ser produzidos/adaptados pelo grupo, os recursos virtuais só poderiam ser utilizados para multiplicar os personagens e não para criar cenários ou situações artificiais. Na entrega do trabalho, deveriam vir juntos a reprodução da obra escolhida, a ficha técnica da obra e do autor e a foto com a interpretação dos alunos sobre a obra.
Acredito que o fotografo Valério Vieira quando, em 1904, inovou e foi premiado com a sua obra “Os Trinta Valérios” (foto acima), onde os integrantes de um sarau musical tiveram suas cabeças substituídas pela imagem do próprio fotógrafo, não imaginaria que em pleno século 21 a sua criação seria facilmente aplicada na área da educação do olhar.
Vejam os resultados dos trabalhos que na nossa opinião, minha e da turma, ficaram surpreendentes sem contar que o processo de desenvolvimento das fases do projeto foi muito criativo e gratificante para todos nós.
Respostas de 2
Muito bom o trabalho realizado, serviu de inspiração para trabalhar com meus alunos. Parabéns.
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