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Álbum de interpretações da arte corporal e plumária indígena

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Muitas tribos aqui viviam, estima-se que mais de 5 milhões de índios aqui habitavam quando os portugueses chegaram. A Arte sempre fez parte do dia a dia dos índios, quer na arquitetura das suas aldeias, na pintura corporal, nos seus adereços e utensílios.

A pintura no corpo e os adereços não se restringem somente para enfeitá-los, mas tem sempre uma representação simbólica.

Eles pintam o corpo para enfeitá-lo e também para defendê-los contra o Sol, os insetos e os espíritos maus.

Também para revelar a sua identidade, como está se sentindo e o que pretende. As cores e os desenhos ‘falam’, dão recados.

Caprichar na tinta, nas cores e nos desenhos garantem boa sorte na caça, na guerra, na pesca, na viagem.

Cada tribo e cada família desenvolvem padrões de pintura fiéis ao seu modo de ser.

Nos dias comuns a pintura pode ser bastante simples, porém nas festas, nos combates, mostra-se requintada, cobrindo também a testa, as faces e o nariz.

A pintura corporal é geralmente uma função feminina; a mulher pinta os corpos dos filhos e do marido.

As cores e desenhos eles utilizam penas e pigmentos vegetais como matéria prima, feita de jenipapo, carvão ou urucum.

Assim como a pintura corporal, a arte plumária serve para se enfeitar, como mantos, máscaras, cocares, e passam aos seus portadores elegância e majestade.

Os adereços com penas e plumas são muito especiais porque não estão associadas a nenhum fim utilitário, mas apenas a pura busca da beleza.

Por exemplo: a tribo Kaiapó coloca nos seus cocares a divisão social e espacial da sua aldeia.

O amarelo refere-se às casas e às roças, áreas dominadas pelas mulheres.

Nesses espaços, elas pintam os corpos dos maridos e dos filhos, plantam, colhem e preparam os alimentos.

Esses lugares têm a mesma distância em relação à casa dos homens.

O verde representa as matas, que protegem as aldeias e ao mesmo tempo são a morada dos mortos e dos seres sobrenaturais. São consideradas um lugar perigoso, já que fogem ao controle dos Kayapós.

A cor mais forte (vermelho) representa a casa dos homens, que fica bem no coração da aldeia.

É a “prefeitura” Kayapó, presidida apenas por homens. Ali eles se reúnem diariamente para discutir caçadas, guerras, rituais e confeccionar adornos, como colares e pulseiras.

Proposta: Álbum de interpretações da arte corporal e plumária indígena

1. análise de imagens da pintura corporal e arte plumária das tribos brasileiras, conhecendo a sua real utilização

2. preparar uma folha com contorno do corpo humano

3. com canetinhas coloridas criar desenhos, grafismos, para sua identificação como um morador de uma das tribos

4. preparar outra folha com o contorno de uma cabeça humana e com recortes de papel colorido, no formato de penas, fazer uma colagem formando um cocar que represente sua identidade.

5. preparar um álbum com as interpretações da Arte Corporal e Plumária revisitadas por você.

 

Fotografe o resultado das suas experiências e compartilhe as imagens nas redes sociais, usando #historiadasartestalento.

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