Nasceu em Varsóvia, na Polônia, em 1904. Veio para o Brasil, país que adotou como pátria, em 1927. Seu nome é a tradução, em língua portuguesa, do polonês “Fayga”, que significa “pássaro”. Curiosamente, a paixão pelos animais e pela natureza era uma característica marcante da personalidade e da obra da artista.
Aos 44 anos, iniciou seus estudos de escultura com o renomado artista Victor Brecheret. Seus primeiros trabalhos pertencem à fase Figurativa e datam de 1950 a 1958. Em 1953 e 1955, confirmou sua importância como artista ao participar das bienais internacionais de São Paulo. Na de 1955, foi agraciada com o Prêmio de Aquisição do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Nessa época, sua obra teve importante reconhecimento no país e no exterior. Em 1957, suas esculturas foram incorporadas aos acervos do Museu de Arte de São Paulo ( MASP ) e do Museu de Arte Moderna de Paris.
Comovida com a morte de seu companheiro Isai Leirner, em 1962, trocou a cidade de São Paulo por Campos do Jordão, para iver de forma simples e despojada, junto à natureza. A partir de 1978, quando o Museu Felícia Leirner foi inaugurado, passou a dedicar seus últimos anos de vida a ampliar a coleção que pode ser vista atualmente.
Em 1982, concluiu sua produção para o Museu. Em casa, continuou a distrair-se com bordado, desenho, escrita e produzindo pelas menores em argila, depois fundidas em bronze, a maioria em forma de pássaros.
Considerada uma das artistas mais importantes do país, Felícia Leirner conquistou diversos prêmios nacionais e também no exterior. Reconhecida no cenário internacional, teve sua obra acolhida em diversas instituições, dentre elas, a Moderna Galeria de Belgrado, na Sérvia. Faleceu em 1996, aos 92 anos.