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Fernand Léger

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Jules-Fernand-Henri Léger nasceu em Argentan, Orne, 4 de fevereiro de 1881 foi um pintor francês que se distinguiu como pintor e desenhador cubista, autor de muitas litografias.

Nascido na Baixa-Normandia, iniciou a sua formação artística aos catorze anos, sendo aprendiz de um arquiteto em Caen.

Em 1900 rumou para Paris, onde ingressou na Escola de Artes Decorativas, após uma tentativa frustrada de ingressar na Escola das Belas-Artes.

Em 1908, e na mesma cidade, instalou-se num edifício conhecido como “Ruche” (colmeia, em português), onde conviveu com outros artistas como Jacques Lipchitz, Robert Delaunay e até Marc Chagall, tendo-se tornado um dos melhores amigos deste último.

Entre 1909 e 1910, realizou a sua primeira grande obra “Nus na floresta”, uma pintura onde são notáveis as aspirações impressionistas. e apresentada na exposição de 1911, no Salão dos Independentes.

Nesse período descobre ainda a pintura de Henri Rousseau e os primitivos, que o influenciarão.

A partir do de 1911, conheceu Pablo Picasso e Georges Braque, os quais lhe transmitiram influências cubistas, nas quais se aplicou e trabalhou durante a maior parte da sua carreira artística.

Em 1914, com o início da Primeira Grande Guerra, Léger foi recrutado para as trincheiras.

Após esta etapa da sua vida, a sua pintura passou a representar a sua admiração pelos objetos mecânicos, tendo especial interesse pelos tanques de guerra.

A partir de 1920, predomina em sua obra a figura humana enquadrada por elementos industriais.

Ainda na segunda década do século, numa nova fase da sua vida, produz e dirige o filme “O ballet mecânico”.

Devido à Segunda Grande Guerra, exilou-se nos Estados Unidos, onde foi professor na Universidade de Yale e no Mills College, tendo voltado para França em 1945.

De volta à sua terra natal, concebeu os vitrais da Igreja do Sacré-Coeur de Audincourt e um painel para o Palácio das Nações Unidas de Nova Iorque.

Em 1945 filiou-se no Partido Comunista e a sua obra passa a focar o trabalhador e o proletariado.

Pintou em 1954 o seu mais conhecido quadro: A grande parada.

O trabalho de Léger exerceu uma influência importante no construtivismo soviético. Os modernos pôsteres comerciais, e outros tipos de arte aplicada, também se vieram influenciar por seus desenhos.

Em seus últimos trabalhos, realizou uma separação entre a cor e o desenho, de tal maneira que suas figuras mantêm seus formulários robóticos definidos por linhas pretas.

Em 1955, ano do seu falecimento, foi homenageado com o prêmio da Bienal de São Paulo.

Morreu em Gif-sur-Yvette, 17 de agosto de 1955.

Na opinião do crítico e historiador Giulio Carlo Argan, Léger “foi um admirador da pureza e simplicidade das imagens de Rousseau; foi um dos primeiros a se associar, em 1910, à pesquisa cubista; é, e se mantém por toda a vida, um homem do povo, um trabalhador que acredita cegamente na ideologia socialista, a qual ingenuamente associa ao mito do progresso industrial. Para ele, os objetos simbólico-emblemáticos da civilização moderna são as engrenagens, as tubagens, as máquinas, os operários da fábrica: sua finalidade é decorar, isto é, qualificar figurativamente o ambiente da vida com os símbolos do trabalho da mesma maneira que, antigamente, decorava-se a igreja com os símbolos da fé”.

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