O Musée de La Vie Romantique (em português, Museu da Vida Romântica) é dedicado a retratar o ambiente artístico-literário do século 19. Além da casa que abriga o museu, há um belo jardim, uma casa de chá e um pátio charmoso localizado no bairro Nouvelle Athènes, em Paris.
O museu foi residência e ateliê do pintor franco-holandês Ary Scheffer, considerado um dos maiores conhecedores da escola romântica.
Scheffer era retratista e professor de desenho de vários nomes famosos, como os filhos de Louis-Philippe, o duque de Orléans.
Durante mais de trinta anos, sua mansão foi um local de intensa atividade artística, política e literária. Scheffer e sua filha hospedavam salões nas noites de sexta-feira, e costumavam participar desses encontros escritores, cantores, compositores e pintores como George Sand, Frederic Chopin, Eugène Delacroix, Jean Auguste Dominique Ingres, Alphonse de Lamartine, Pauline Viardot, Charles Dickens, Ivan Turgueniev e Charles Gounod.
Chega em Paris em 1811, e, em julho de 1830, Scheffer fixa residência nesse bairro, que na época, arquitetos renomados criam belas casas e prédios, estúdios de artistas.
A casa foi alugada por quase trinta anos por diversos artistas para seus estúdios. Após a morte de Scheffer, em 1858, a propriedade ficou para sua única filha Cornelia Marjolin-Scheffer, preservando parte da casa onde seu pai trabalhava.
Em 1899, Cornelia Marjolin-Scheffer falece e deixa as pinturas de seu pai para sua cidade natal, Dordrecht na Holanda. A propriedade então foi herdada pela sobrinha-neta de Scheffer, Naomi Kenan-Psichari, que instalou um salão e uma biblioteca dedicada à obra de seu pai Ernest Renan.
Foi nesse salão que a casa continuou no início do século 20 a receber o mundo das artes e das letras.
Em 1956, a casa foi vendida ao Estado com objetivo de estabelecer uma instituição cultural.
Em 1982, o Estado entregou a gestão do edifício à cidade de Paris, sob o nome de Musée Renan-Scheffer. Representa um dos três museus literários, juntamente com a Maison de Balzac e a Maison de Victor Hugo.
Após uma extensa renovação conduzida por Jacques Garcia, sob a direção de Brem de Anne-Marie, o local reabriu em 1987, renomeado para Musée de la Vie Romantique.
O museu exibe no primeiro andar numerosos objetos da escritora George Sand, incluindo retratos de família, objetos domésticos, suas joias e objetos pessoais. No segundo andar, pode-se admirar uma série de pinturas românticas, esculturas e objetos de arte. Ele também detém vários retratos e material ligado ao famoso estudioso e escritor Ernest Renan, que havia se casado com a sobrinha de Ary Scheffer.
Hotel Scheffer-Renan, Musée de la Vie Romantique. 16 rue Chaptal, Paris. Aberto de terça a domingo, das 10h às 18h. Fechado às segundas e feriados. Entrada gratuita para coleção permanente. O salão de chá acompanha os horários de abertura do museu.
Fique atento! O horário pode sofrer modificação. Consulte o site oficial da instituição.