As fábulas de Esopo costumam ser curtas e bem humoradas, transmitindo em linguagens simples mensagens relacionadas ao comportamento no cotidiano, com singelos conselhos sobre lealdade, generosidade e as virtudes do trabalho.
Em geral a moral é acrescentada como um pensamento posterior, nem sempre diretamente relacionado à narrativa que o antecede.
Embora as personagens da maioria das fábulas sejam animais, quase sempre esses animais apresentam um comportamento humano, satirizando os defeitos dos homens e revelando verdades universais sobre a natureza humana.
As primeiras versões escritas das fábulas de Esopo de que se tem noticia datam do século III A.C.
A partir daí, aparecem em incontáveis edições gregas e latinas que foram sendo traduzidas para o inglês, francês e as outras línguas.
Não existe uma versão definitiva: tradicionalmente cada escritor reescreve sua seleção pessoal das fábulas, adaptando-as ao seu próprio estilo.
Na época anterior à impressão do livros, as fábulas de Esopo foram ilustradas em louça, em manuscritos medievais e em tecidos – a Tapeçaria de Bayeux, do século XI, é um exemplo dessa ilustração.
Pouco antes depois da invenção da imprensa, porém, diversas versões ilustradas das fábulas foram publicadas na Alemanha, na Itália e na Holanda.
O terceiro livro inglês ilustrado a ser impresso, 1484, por William Caxton, uma coletânea das fábulas cerca de 200 xilogravuras, inclusive com um retrato de Esopo.
Uma longa tradição de ilustradores anônimos copiaram-se uns aos outros até o tema começar a ser explorado por alguns artistas talentosos no decorrer do século XVII. Entre eles , estavam: Francis Barlow (1666) e Wenceslau Hollar (1668).
No século XIX novas edições com xilogravuras dos artistas britânicos Thomas Bewick (1818) e John Tenniel(1848).
Charles Henry Bennet e suas gravuras coloridas a mão (1857) seguiu-se as de Ernst Henry Griset (1869), as ilustrações de fábulas para adultos de Randolph Caldecott (1883), Walter Crane com Esopo do bebê (1887), os ilustradores Richard Heighway(1894), Charles Robinson (1895) e Percy J. Billinghurst(1899). Esses três últimos já seguindo o estilo art nouveau.
No século XX, destaca-se Edward Julius Detmold (1909), Charles James Folkland(1912) e Arthur Rackham (1912). Em estilo mais convencional de livro infantil destaca-se Edwin Noble da Inglaterra e Milo Winter dos estados Unidos.
Nas décadas de 1920 e 1930 diversos livros caprichosamente impressos e destinados a um público adulto, entre os melhores estão os artistas David Michael Jones (1928), Agnes Miller Parker (1931), Alexander Calder (1931) e Stephen Gooden(1936) e uma série de ilustrações da autoria de Edward Bawden.
Agora é a sua vez! Escolha uma fábula e faça a sua ilustração. Inove! Use um papel cortado em circulo, trace o seu esboço e faça a arte final com tinta aquarela.
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