Wesley Duke Lee

Wesley Duke Lee
   

Wesley Duke Lee  foi um artista plástico brasileiro.

Polêmico e irreverente, sua obra significou a virada da arte moderna para a arte contemporânea no Brasil.

Wesley Duke Lee  nasceu em São Paulo, no dia 21 de dezembro de 1931.

De ascendência americana e portuguesa, era publicitário quando em 1951 resolveu fazer um curso de desenho livre no Museu de Arte de São Paulo (MASP).

No ano seguinte foi estudar artes gráficas em Nova Iorque na Parson’s School of Design e no American Institute of Graphic Arts.

Nessa época, conheceu o trabalho dos artistas Robert Rauschenberg, Jasper Johns e Cy Twombly e decidiu mudar de vida.

Em 1955, de volta ao Brasil, recebeu duas Menções Honrosas no I Salão de Propaganda de São Paulo.

Resolveu abandonar a publicidade e começou a estudar pintura com o italiano Karl Plattner.

Na qualidade de ajudante do pintor foi para a Europa a fim de executar um imenso mural em Salzburgo, na Áustria.

Passou uma longa temporada em Paris, onde estudou na Académie da la Grande Chaumière e no ateliê de Johnny Friedlaender, quando se disse contaminado pelas ideias do surrealista Marcel Duchamp.

Em 1960, retornou ao Brasil como artista cosmopolita e nada convencional, e instalou um ateliê em São Paulo.

Em 1961 realizou sua primeira exposição.

Em 1963, iniciou um trabalho com jovens artistas, como Carlos Fajardo, Frederico Nasser, José Resende, entre outros.

Nesse mesmo ano, organizou um Happening (o que a arte conceitual hoje chama de performance), o primeiro do país.

Chamava-se “O Grande Espetáculo das Artes no Brasil” e exibia uma série de gravuras eróticas iluminadas por lanternas durante um show de strip-tease.

Nessa exposição, realizada no já extinto João Sebastião Bar, em São Paulo, Wesley fez a leitura de um protesto, em forma de agradecimento, contra os críticos de arte, enquanto nascia o “Realismo Mágico”, movimento com tendências narrativas, sob a ascendência da arte pop, mas enraizado no surrealismo.

Ainda em 1963, realizou sua primeira mostra individual, em Milão, na Itália.

Em junho de 1966, Wesley Duke Lee, Nelson Leirner, Geraldo de Barros e alguns de seus discípulos, fundam o “Grupo Rex”, marcado pela irreverência, humor e crítica, incomodados com a situação da arte no país.

Fundam também a Rex Gallery & Som, mas o grupo teve vida curta, durando até maio de 1967.

Wesley Duke Lee não evitava a provocação nem fugia de uma polêmica.

Nos anos 70 rompeu com o círculo artístico vigente, após ter seu manifesto publicado na imprensa, no qual dizia que daquele momento em diante exporia somente em museus e salas públicas.

Durante seis anos retirou-se do mercado de arte, só voltando em 1976.

Wesley era um destacado desenhista e se valeu dos mais diversos meios e materiais para expressar sua arte, fazia uso do nanquim e da pintura por computador.

Para muitos críticos, sua obra significou a virada da arte moderna para a arte contemporânea no Brasil.

Wesley Duke Lee faleceu em São Paulo, em consequência do Alzheimer, no dia 12 de setembro de 2010.

 

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