O vitral assim como a iluminura e o esmalte são considerados artes decorativas. As artes decorativas apesar de subordinadas a uma necessidade funcional, possuem identidade e riqueza suficientes para serem consideradas obras de arte.
O trabalho com vidro é uma parte das artes do fogo, junto com a cerâmica, a azulejaria e o esmalte. O vidro é fabricado pela fusão de óxidos de silício com outros materiais, à altas temperaturas, para criação de objetos de uso cotidiano.
Uma das aplicações artísticas mais interessantes do uso do vidro é a fabricação de vitrais, cujo desenvolvimento foi especialmente importante na Baixa Idade Média e no fim do século 19, na época da art nouveau.
Para sua realização, é preciso levar a cabo, previamente, um desenho com o motivo que seria representado no vitral. Depois cortado os pedaços de vidro colorido, que eventualmente podem ser pintados com óxidos metálicos para se obterem formas e detalhes. As peças são unidas por tiras de chumbo. Finalmente, a estrutura acopla-se a uma armadura, geralmente de ferro.
Nas catedrais góticas o vitral teve importância fundamental, tanto por seu efeito sensorial que produz a luz colorida que ilumina a igreja e sugere a intangibilidade do espírito de Deus, quanto por sua capacidade metafórica, pois o sol entra e sai pelo vitral, sem rompê-lo nem manchá-lo, assim como se manteve intacta a Virgem Maria depois da concepção e nascimento de Cristo.