A Coroação da Virgem, Velázquez

Na fase de maturidade da sua carreira, Velázquez recebe um número limitado de encomendas de quadros religiosos, uma vez que se mantém alheio ao realizamo brutal de Ribera, a estreita imobilidade de Zurbarán, à suave fluidez de Murillo: as suas obra de tema sacro são, ao mesmo tempo, refinadas e credíveis, de nítido equilíbrio e sincero sentimento religioso.

Pintada para o oratório da rainha Isabel no Alcázar de Madri, a tela resplandece de audaz harmonia cromática na proximidade, intensamente sugestiva, de carmesins e azuis.

Pai e filho, envoltos em túnicas purpúreas e mantos vermelhos, seguram uma coroa de rosas sobre a cabeça da Virgem, cujo véu branco deixa descoberto os seus cabelos castanhos.

Os traços do rosto, puros e isentos de sombras, mostram a natureza imaculada de Maria e o raio de luz incandescente do Espírito Santo ilumina o fulcro da composição.

Ao azul do manto opõe-se o vestido vermelho, completando-se, assim, o magistral contraste cromático das roupagens dos protagonistas.

Os olhos da Virgem, virados para baixo, fechados pelas pálpebras, acentuam a sensação de separação e distância da terra, enquanto os anjos a transportam para o alto dos céus sentada em nuvens macias.

A devoção Mariana estava particularmente difundida nos países católicos; a doutrina protestante negava o culto à Virgem, mas o Concílio de Trento, pelo contrário, sublinhou o papel e a importância da mãe de Deus.

Essa obra é do período barroco e pertence ao acervo do Museu do Prado em Madri.

Agora que você sabe mais detalhes sobre esse quadro de Velázquez, experimente desenhar e pintar uma cena com vários personagens em torno de um personagem principal, usando o material colorido que você mais gostar.

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