Constitui a primeira pintura de grupo verdadeiramente significativa na obra de Leonardo da Vinci, tanto por sua novidade da interpretação de um tema tradicional como no papel que desempenha como banco de ensaio de outras duas obras correspondentes à época de sua maturidade artística, como A Última Ceia e A Batalha de Anghiari.
A obra foi uma encomenda do Mosteiro de São Donato, situado nos arredores de florença. A documentação histórica informa que em 1479 foi doada ao mosteiro certa quantia para mandar executar esta obra. O contrato com Leonardo, com data de 1481, estipulava que a obra seria ultimada num prazo de dois anos. Todavia, a partida de Leonardo para Milão viria a interromper definitivamente o trabalho.
Os desenhos preparatórios conservados e as idéias do artista sobre a representação pictórica permitem uma análise bastante ampla. O fundo é marcado por uma arquitetura irregular, que serve de cenário para várias lutas entre cavalos. Em primeiro plano, situa-se um verdadeiro turbilhão de personagens, distribuídos em torno da imagem de Maria e Jesus. Estes dois se concebem como eixo compositivo, aparecendo isolados simbolicamente. Constituem o foco de luz que ilumina indistintamente as figuras que os rodeiam. Com os reis magos prostrados diante deles, formam uma composição piramidal.
A obra tem uma grande complexidade simbólica. Considera-se que o âmbito semicircular situado em primeiro plano representa o mundo cristão. Encarna o que é verdadeiro, perante um mundo de trevas, que corresponde ao fundo do quadro. A palmeira é símbolo bíblico de paz e de vitória, enquanto a árvore anterior, que une céu e terra, é vista por alguns como sinal premonitório da Paixão de Cristo.
Este quadro influenciaria a execução de outros sobre o mesmo tema. É o caso da Epifania, pintada pelo florentino Filippino Lippi em 1496, e que substituiu a A Adoração dos Magos inacabada de Leonardo da Vinci.
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