A florida senhora Inès de Foucauld, mulher do banqueiro Moitessier, tinha vinte e três anos quando, a pedido do seu poderoso marido, Ingres iniciou este suntuoso retrato.
Terminou-o doze anos depois, quando a senhora tinha trinta e cinco e ele chegara já aos setenta e seis anos, como está escrito em latim ao lado da assinatura e da data: 1856.
Sabe-se, pelos diversos desenhos preparatórios e pelo decurso da obra, que Ingres mudou por várias vezes a atitude e sobretudo o vestido e as joias da senhos, que originalmente deveria aparecer com a sua própria filha. Enfim, escolheu esta visão em que é evidente a homenagem ao classicismo de Rafael e também à arte grega (a senhora, com efeito, mostra o seu próprio perfil grego na imagem refletida pelo espelho).
Mas Ingres é, sobretudo, um pintor moderno, que participa do próprio temppo: não é de todo improvável qe mesmo neste caso tenha tido presentes exemplares de retratos executados com a nova técnica fotográfica, que ele bem conhecia. Assim, o quado poderia ser a prova de uma competição com a fotografia, em que o pintor experiente, como Ingres, podia pôr em jogo todos os recursos do próprio virtuosismo, evidenciado pelo vestido, pelas joias, pelo veludo que cobre o sofá e que são de uma incrível verossimilhança.
A pose da mão deriva de um modelo clássico proveniente de Herculano e de análogos desenhos de ambiente rafaelesco, seguindo um estilo que INgres havia adotado nas suas várias estadas na Itália.
Agora que você sabe mais detalhes sobre o quadro de Ingres, experimente fazer uma releitura dele ou criar um retrato de alguém importante na sua família, usando o material colorido que você mais gostar.
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