Pesquisar
Close this search box.

Museu de Arte Brasileiro | MAB | FAAP

Placas Decorativas Obras de Arte Pinturas Famosas Decoração Quarto Sala Van Gogh, Monet, Da Vinci, Monalisa, Tarsila, Kint, Botticelli, Vermeer, Rembrandt, Picasso, Michelangelo

Aberto ao público em 10 de agosto de 1961, o Museu de Arte Brasileira da Fundação Armando Álvares Penteado – MAB/Faap, no bairro do Pacaembu, em São Paulo, vem somar-se aos museus de arte existentes na cidade, com a particularidade de voltar-se para a produção artística nacional.

Da proposta inicial fazem parte a organização e a conservação de um acervo dedicado a obras de artistas brasileiros ou estrangeiros radicados no Brasil, além da preparação de exposições consagradas à arte nacional e internacional.

A origem da instituição liga-se à família Álvares Penteado, há muito envolvida com as artes e a educação em São Paulo.

Armando Alvares Penteado (1884-1947) foi descendente de uma das mais tradicionais famílias paulistas do século XIX.

Estudou em Londres e Paris.

No Brasil frequentou a faculdade de arquitetura na Escola Politécnica.

Essa trajetória lhe fez cultivar sua apreciação, gosto e dedicação às artes e ciências.

Desde modo, sua identificação com estas áreas do conhecimento, seus anos de estudo na Europa e, posteriormente, suas constantes temporadas de convivência e participação no meio do fervor artístico e cultural da mais progressista cidade da época, Paris, contornaram e direcionaram o espírito e a atuação vanguardistas do fundador da FAAP.

Armando Alvares Penteado casou com a senhora Annie, de nacionalidade francesa, e juntos continuaram compartilhando do mesmo amor à arte e do sonho de construir uma escola de belas artes em São Paulo (…) onde deveriam ser administrados cursos de pintura, escultura, decoração e arquitetura.

Anos antes de falecer, ao redigir seu testamento em 23 de abril de 1938, Armando Alvares Penteado deixava expresso seu desejo de criar um museu.

Sem descendentes diretos a quem legar seu patrimônio, instruía nesse documento sua esposa, Dona Annie Penteado, a vender parte de suas propriedades para construir o edifício que seria a sede de uma escola de artes e abrigaria também uma “pinacotheca para exposição de quadros originais”.

A partir dessa vontade institui-se, em 1947, a Fundação Armando Alvares Penteado.

Anos depois, em 1961, sobre a incumbência de Dona Annie foi inaugurado o Museu de Arte Brasileira cuja direção e coordenação das atividades ficaram a cargo do casal Lúcia e Roberto Pinto de Souza.

O MAB foi concebido como um museu de arte visuais, particularizado em arte brasileira produzida por artistas brasileiros ou estrangeiros radicados no Brasil.

Atualmente o acervo conta também com uma coleção de arte estrangeira, atrelada ao programa de atividades da FAAP.

O MAB abriu ao público com a mostra “Barroco no Brasil” que reuniu cerca de 300 peças entre manifestações de pintura, escultura, ourivesaria, mobiliário, numismática e documentos.

A exposição e seus eventos paralelos foram reconhecidos como um acontecimento nacional, comemorativo da cultura brasileira.

Ainda hoje continuam presentes no prédio principal as esculturas moldadas em gesso de Aleijadinho e elementos da arquitetura mineira e baiana, feitos especialmente para a ocasião pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

O núcleo inicial do acervo do MAB remonta à doação feita por D. Annie Penteado de um conjunto de obras pertencentes à coleção particular do casal Alvares Penteado.

Atualmente conta com cerca de 3500 obras inerentes à historia das artes brasileiras dos séculos XIX, XX e XXI.

Cabe destacar a coleção de gravura, pintura e desenho de feição acadêmica, o significativo núcleo de obras do modernismo brasileiro e seus continuadores, as várias tendências da arte abstrata a partir dos anos 50, os registros da vida interiorana feitos por artistas primitivos, as diversas vertentes da nova figuração das década finais do século XX e toda uma diversidade de genêros, formas e conteúdos próprios da arte contemporânea.

Quanto às suas exposições, o MAB detém um memorável e sistemático percurso de mostras de artes visuais e de temas culturais nacionais e internacionais.

Sirvam de exemplo o histórico de retrospectivas de notáveis artistas brasileiros como Emiliano Di Cavalcanti, Ismael Nery e Flávio de Carvalho, e as mostras internacionais com obras procedentes de famosos museus como o Louvre de Paris, França ou o Pergamon de Berlim, Alemanha.

Curiosidades no Acervo do MAB dados

• Na Coleção Modernista do MAB que agrupa a produção de artistas da vanguarda do movimento modernista brasileiro e seus continuadores destaca-se o óleo sobre tela, O homem das sete cores, 1915/16, de autoria de Anita Malfatti, que participou na exposição da histórica Semana de Arte Moderna de 22, ocorrida no Teatro Municipal de São Paulo, entre os dias 11 e 18 de fevereiro de 1922.

• O acervo do MAB preserva, entre pinturas, desenhos e fotografias, 27 originais do artista Flávio de Carvalho e mais de 80 reproduções de fotos que registram momentos de sua vida e obra, projetos arquitetônicos, maquetes, máscaras cenográficas e vestuário.

• De Arcangelo Ianelli, 43 criações do artista que integram o acervo revelam seu percurso inicialmente figurativo, sua desconstrução da forma, até finalmente, alcançar seu abstracionismo geométrico de forma e cor.

• As 370 imagens que integram a coleção de fotografia estão assinadas por importantes fotógrafos que fizeram e fazem parte da história da fotografia brasileira. Entre eles: Thomaz Farkas, Pierre Verger, Mario Cravo Neto, Otto Stupakoff, Juan Esteves, J.R.Duran, Bob Wolfenson, Regina Stella, Tripolli e Valdir Cruz.

• Desde 2016, nossa mais recente coleção Moda-MAB vem incorporando ao acervo vestidos, acessórios e registros de estilistas contemporâneos brasileiros. Já são mais de 120 peças de estilistas tais como Jum Nakao, Lino Villaventura, Fause Haten, André Lima e Reinaldo Lourenço, entre outros.

• A coleção Jacques Douchez está composta por 41 peças entre as que sobressaem 20 tapeçarias de lá, realizadas em tear manual, em grandes formatos e com desenhos geométricos e multicoloridos; além das tapeçarias, integram a coleção pinturas, desenhos, estudos para tapeçarias e cartazes em offset sobre papel.

• Uma das mais destacadas artistas de tendência expressionista na arte brasileira, Marina Caram, está presente no acervo do MAB com 27 obras entre desenhos a nanquim e/ou guache sobre papel, litogravuras e xilogravuras.

• Um significativo número de obras realizadas por artistas orientais pode ser encontrado no acervo do MAB. Entre eles: Tomie Ohtake, Jorge Mori, Roberto Kenji Fukuda, Takashi Fukushima, Yutaka Toyota, Flavio Shiró, Herman Takasey, João Suzuki e Tadashi Kaminagai.

Uma das salas expositivas do MAB – FAAP

• Aquisições de obras de jovens artistas tem incrementado a nossa Coleção Arte Contemporânea. Em especial, obras de bolsistas faapianos na Cité des Arts em Paris e de residentes nacionais e estrangeiros da Residencia Artística FAAP, no Edifício Lutetia-São Paulo.

Localização:

R. Alagoas, 903 – Higienópolis, São Paulo – SP, 01242-902

Horário: Segundas, quartas, quintas e sextas-feiras, das 10h às 19h, entrada até às 18h.
Sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h, última entrada às 17h.

Fechado às terças-feiras, mesmo quando feriado.

Fique atento. Os horários podem sofrer modificações. Consulte sempre a instituição.

 


COMO CITAR:


IMBROISI, Margaret; MARTINS, Simone. Museu de Arte Brasileiro | MAB | FAAP. História das Artes, 2025. Disponível em: https://www.historiadasartes.com/museu-de-arte-brasileiro-mab-faap-sao-paulo/. Acesso em 25/07/2025.

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Assine nosso Feed

Digite seu endereço de e-mail para assinar este blog e receber notificações de novas publicações por e-mail.

plugins premium WordPress