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Os Massacres de Quios, Eugène Delacroix

Lancôme, La Vie est Belle EDP, Perfume Feminino

Em abril e maio de 1822, durante a guerra de independência da Grécia, 20.000 gregos foram massacrados pelos turcos na pequena ilha de Quios. No ano seguinte, Delacroix decidiu pintar um quadro retratando as atrocidades dos combates. 

Com sua energia peculiar, começou por esboçar vestes orientais e elaborar inúmeros estudos preliminares. Conseguiu até mesmo que um amigo lhe enviasse aquarelas de Nápoles para que pudesse captar a intensa luminosidade mediterrânea.

Antes de pintar o magnífico cavaleiro à esquerda, o artista estudou e fez esboços de vários trajes e ornamentos turcos. Jules Robert Auguste, um amigo também pintor, possuía uma coleção de vestes e objetos orientais, colocando tudo à disposição de Delacroix.

Os críticos da época ficaram muito impressionados com a exaustão e a letargia dos gregos vencidos, demonstradas na atitude passiva das vítimas, à direita do quadro. Na opinião do escritor Stendhal, o massacre se assemelhava mais a uma peste.

Os jornais europeus da época noticiaram as atrocidades de Quios (então conhecida como Scio), condenando a brutal crueldade dos turcos.

Na obra, vemos um clima de absoluta prostração, as vítimas se alinham estáticas no primeiro plano, quase como se tivessem sido sobrepostas à paisagem.

Geograficamente , Quios está mais próxima da Turquia do que da Grécia continental, e, antes da guerra da independência grega, os habitantes da ilha desfrutavam de alguns privilégios dentro do Império Turco.

Em 1822, o Congresso Nacional de Epidauro proclamou a independência da Grécia e votou uma constituição democrática. O fato provocou violenta reação dos turcos, que invadiram a ilha de Quios e massacraram a população local. Em sua tela, Delacroix mostra o porto em que as tropas desembarcaram e, ao fundo da tela, a cidade de Quios.

Em 1824, o quadro estava pronto. Mas, depois de ver algumas obras de Constable, Delacroix refez completamente o fundo, acrescentando áreas de puro colorido.

Quando concluída, a tela suscitou reações contraditórias no Salão oficial, mas foi adquirida pelo governo francês por 6.000 francos.

Os Massacres de Quios, 1824, óleo sobre tela, 417 x 354 cm, Eugène Delacroix, Museu do Louvre, Paris.

Agora que você sabe mais detalhes sobre esse quadro de Delacroix, experimente fazer uma releitura dele ou criar uma cena em que as pessoas demonstram-se desvalidas buscando ajuda, usando o material colorido que mais gostar.

Fotografe seu trabalho e compartilhe sua experiência conosco, nas redes sociais, usando a #historiadasartestalento

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