Os Pontos Ben-Day é um processo gráfico, chamado assim em homenagem ao ilustrador e gráfico Benjamin Day. É similar à técnica do movimento artístico Neoimpressionismo. Dependendo do efeito que se quer, usando o colorido e ilusões de ótica, pontos pequenos são desenhados nesse processo em espaçamentos curtos ou longos, ou mesmo sobrepostos. Os pontos da cor magenta, por exemplo, devem ter espaçamentos longos para criarem a cor rosa. Revistas populares e de quadrinhos dos anos de 1950 e 1960 nos Estados Unidos, usaram os pontos Ben-Day nas quatro cores gráficas básicas ou CMYK (ciano, magenta, amarela e preta) para colorirem com baixo custo as partes sombreadas ou conseguirem cores secundárias tais como o verde, roxo, laranja e tons róseos.
Em geral, no Brasil, são chamados de retículas, no entanto, as retículas são diferentes dos pontos Ben-Day, pois, nessa primeira forma, os pontos são em preto e branco e distribuídos em espaços iguais e em áreas específicas.
Para aplicar os pontos em um desenho, o artista deve usar folhas de papel transparente em camadas, disponíveis em papelarias. As folhas fornecidas são fabricadas com uma grande variedade de pontos e espaçamentos, propiciando inúmeras opções de tonalidades para usar em seu trabalho. O material transparente é cortado em pedaços e decalcados nas áreas desejadas, seja nas sombras de fundo ou desenhos frontais. Para as reproduções fotográficas servem como uma moldura para imagens e textos gráficos, com as áreas em pontos Ben-Day dando possibilidades de tons de sombreamento a serem usadas nas provas de impressão.
Os Pontos Ben-Day foram considerados a marca-registrada do artista americano Roy Lichtenstein, que os aumentava e exagerava em muitas de suas pinturas e esculturas, especialmente na sua interpretação das revistas em quadrinhos e de ilustrações contemporâneas, que compuseram o movimento Pop Art.