Considerado um dos fundadores da grande pintura flamenga do século 15, juntamente com Robert Campin e Jan van Eyck, Rogier van der Weyden soube fundir nas suas figuras os valores emotivos e a precisão óptica do detalhe naturalista.
Este retrato, considerado por muitos críticos obra de ateliê, não oferece documentação nem para uma segura identificação da protagonista, nem para a sua data.
Deveria pertencer ao período em que Rogier van der Weyden regressou à sua pátria depois da estadia na Itália, sugestionado pelas experiências vividas em Ferrara e em Florença.
A geometria evidente da forma do rosto e das mãos deve relacionar-se com o conhecimento da arte italiana da primeira metade do século 15.
Neste retrato, o artista, embora permanecendo fiel à sutileza gráfica flamenga, mostra uma disciplina compositiva de simetrias geométricas (losango do véu e da veste, pura volumetria da cabeça).
A disposição diagonal acentua os valores de equilíbrio cromático entre a candua do rosto e do véu engomado e a obscuridade do fundo.
Traços tipicamente flamengos são, pelo contrário, a figura que emerge de um fundo escuro, o corte a três quartos do rosto e a luz fria e nítida que a ilumina.
Van der Weyden, o artista mais influente de meados do século 15, nasceu em Tournai, na Bélgica. Depois de um período de aprendizado, estabeleceu-se em Bruxelas e por volta de 1436 tornou-e pintor oficial da cidade. Logo alcançou ama internacional, recebendo encomendas de vários membros da corte Burgúndia, inclusive do duque Filipe, o Bom, conhecido colecionador de arte. A obra de Van der Weyden teve profundo efeito no desenvolvimento da arte em toda a Europa.
Agora que você sabe mais detalhes sobre esse quadro de Rogier van der Weyden, experimente fazer uma releitura dele ou crie um retrato de figura feminina, usando o material colorido que você mais gostar.
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Uma resposta
E eu querendo ser a moldura, ou a senhora. Sendo esta, somente, se me permitirem a honra. Ah! Como seria espetacular. Eu posso imaginar como deveria. Bela, bela.