Rosa e Azul (anteriormente intitulada As Meninas Cahen d’Anvers) é uma célebre pintura a óleo sobre tela do artista impressionista francês Pierre-Auguste Renoir.
Produzida em Paris no ano de 1881, a obra retrata as irmãs Alice e Elisabeth, filhas do banqueiro judeu Louis Raphael Cahen d’Anvers.
É considerada um dos mais populares ícones da coleção do Museu de Arte de São Paulo, onde se encontra conservada desde 1952.
A obra foi realizada no número 66 da avenue Montaigne, em Paris, onde os Cahen d’Anvers habitavam desde 1873.
Foram necessárias inúmeras sessões de minucioso trabalho até que o retrato estivesse completo.
Em 4 de março de 1881, Renoir escreveria para Théodore Duret:
“Parti imediatamente após terminar o retrato das meninas Cahen, tão cansado que nem lhe sei dizer se a pintura é boa ou ruim.”
Os dois retratos feitos das filhas do casal Cahen participaram do Salon de 1881.
Mesmo assim, o retrato das meninas aparentemente não foi do agrado da família que, além de ter demorado quase um ano para pagar ao artista a soma relativamente módica de 1500 francos, relegou a obra à área da casa habitada pelos empregados.
No início do século XX, seguindo uma informação dada pelo próprio Renoir, os marchands Bernheim-Jeune descobriram a obra, aparentemente esquecida, no sexto andar de uma casa da avenida Foch, em Paris.
O título mais popular dessa obra, que se refere às cores dos vestidos das meninas, data de 1900, quando esteve exposta na galeria Bernheim-Jeune et Fils, na capital francesa, e, segundo Camesasca, “tem relação com a verdadeira natureza da obra, com a variação das duas cores em tom pastel, dispostas desde os vestidos até a carnação, que sobressaem pela opulenta coloração das cortinas e do tapete.”
Perfiladas um pouco nervosamente diante de uma pesada cortina de cor de vinho, aberta para revelar um interior opulento, as duas meninas, impecavelmente penteadas e vestidas, seguram a mão uma da outra para maior segurança.
Usando vestidos de festa idênticos, com fitas, faixas e meias combinando e os cabelos escovados em franjas perfeitas, Alice, cinco anos de idade, à esquerda, olha para o espectador como se estivesse para se desmanchar em lágrimas, enquanto a irmã maior, Elisabeth, de seis anos, parece um pouco mais confortável enquanto posa.
Em um aposento banhado pela luz natural, Renoir aborda de perto suas jovens modelos, a mais velha em ligeiro contraposto, animando uma representação que, de outra maneira, poderia parecer estática.
Seu manejo da pintura, sempre virtuosístico e seguro, cria uma variedade de superfícies, acompanhando os materiais retratados.
Assim, o toque de Renoir é suave e lustroso ao pintar o cabelo, faixas e meias, é incrustado, como uma jóia, nos franzidos e dobras dos vestidos de cetim, cujas rendas brancas são construídas com uma certa quantia de amarelo e assume um aspecto de porcelana na construção das faces e das mãos das meninas, desenhadas, segundo Bailey, “com extraordinário cuidado, mas nem por isso menos animadas”
A obra, produzida por encomenda de Louis-Raphael Cahen d’Anvers, pertenceu à coleção particular de sua família, em Paris.
Depois de exposta em Paris, a obra integraria a coleção privada de Gaston Bernheim de Villers, na cidade de Monte Carlo, em Mônaco.
Posteriormente, o retrato foi vendido ao colecionador norte-americano Sam Salz Daber, que o manteve em sua residência em Nova York.
Posta em leilão na Galeria Wildenstein de Nova York em 1952, a obra foi adquirida em 7 de julho deste mesmo ano pelo Museu de Arte de São Paulo, com recursos doados pelo fundador do museu, Assis Chateaubriand.
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